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Câmara votará marco temporal e MPs nesta terça-feira, diz Lira

Placeholder - loading - Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília 07/04/2010 REUTERS/Ricardo Moraes
Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília 07/04/2010 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA, (Reuters) - A Câmara dos Deputados vai votar nesta terça-feira o projeto que estabelece um marco temporal para a demarcação de territórios indígenas e também as medidas provisórias do Bolsa Família, do Vale Gás e da restruturação dos ministérios do governo federal, afirmou o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Tanto o projeto que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas quanto as MPs são sensíveis para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem enfrentando dificuldades na articulação com o Congresso.

A confirmação da votação do marco temporal é sintomática e demonstra a força da bancada ligada ao agronegócio, que já havia imposto derrotas às ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, aos esvaziarem as respectivas pastas no texto de medida provisória de restruturação administrativa.

Grupos indígenas e ambientalistas são contra o projeto e afirmam que o estabelecimento de um marco temporal privará esses povos de suas terras ancestrais. Argumentam, ainda, que o direito dos povos indígenas constitui uma cláusula pétrea da Constituição Federal. Alegam que a proposta, como está, impede a regularização fundiária dessas e oferece risco de retroagir e atingir territórios já demarcados.

'Se for aprovado pelo Congresso, certamente vai paralisar todo e qualquer processo demarcatório no Brasil', avaliou a ministra dos povos Indígenas em coletiva na Câmara dos Deputados.

Pelo texto, só poderão ser demarcados como terras indígenas as áreas ocupadas à época da promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988. Grupos indígenas protestaram nesta terça-feira contra a medida em diversas cidades pelo país.

Parlamentares da bancada ruralista defendem o estabelecimento do marco temporal, argumentando que ele ajudará a reduzir os conflitos entre indígenas e produtores rurais e trará segurança jurídica.

O relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), defendeu a votação nesta terça-feira, sob o argumento de que o projeto foi apresentado na Câmara 16 anos atrás. Sustentou, ainda, que o Congresso Nacional é quem deve decidir sobre o tema, a despeito de o Supremo Tribunal Federal (STF) também debater o assunto.

Em abril, a presidente STF, ministra Rosa Weber, anunciou que a corte retomaria no dia 7 de junho o julgamento de recurso extraordinário que discute se a data da promulgação da Constituição Federal -- 5 de outubro de 1988 -- deve ser adotada como marco temporal para definição da ocupação tradicional da terra por indígenas.

Chegou a ser oferecida uma possibilidade de acordo, condicionada à interrupção do julgamento por parte do STF. Segundo uma fonte da Câmara, a sugestão teria partido de Lira. A negociação, no entanto, não prosperou e foi definida a pauta desta terça com o controverso projeto.

Em entrevista no início da noite, Lira argumentou que procurou o governo na tentativa de um acordo, para que não se chegasse 'a esse momento'.

'O fato é que o Supremo vai pautar no dia 7 e o Congresso precisa demonstra ao Supremo que está tratando a matéria e tratando a matéria com responsabilidade', disse o presidente da Câmara.

No caso das MPs, o governo precisa que a medida provisória que restruturou os ministério após a posse de Lula seja aprovada pela Câmara e o Senado até quinta-feira ou perderá a validade. A MP do Bolsa Família tem prazo mais alongado e precisa ser avaliada pelo Congresso até o dia 29 de junho.

'Na sequência, nós vamos partir para aprovar as medidas provisórias, que só chegaram na Câmara semana passada... nós vamos pautar, claro, a MP do Bolsa Família, o Vale Gás e da restruturação', afirmou.

Segundo Lira, a MP da restruturação do governo deve receber muitos destaques durante a votação. Durante a discussão da matéria na comissão mista, a medida teve o texto alterado para esvaziar as pastas de Meio Ambiente e Povos Originários.

Escrito por Reuters

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SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

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Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

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