Centenas se rendem em enclave do Estado Islâmico ante avanço de forças apoiadas pelos EUA
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Por Ellen Francis
BAGHOUZ, Síria (Reuters) - Centenas de combatentes do Estado Islâmico e suas famílias se renderam às Forças Democráticas Sírias (FDS), nesta quinta-feira, à medida que os jihadistas perderam terreno mediante ataque das tropas apoiados pelos Estados Unidos com o objetivo de libertar o último território ocupado pelos militantes, disseram as FDS.
Muitos homens estavam mancando quando saíram do enclave sitiado em Baghouz por um caminho de terra batida sobre uma colina rochosa, acompanhados por crianças chorando e mulheres completamente cobertas por véus, arrastando malas e com mochilas.
Muitos dos homens eram considerados estrangeiros, disseram os combatentes da FDS. Crianças foram postas sobre os ombros dos adultos para subirem a colina, e carrinhos de bebê eram deixados para trás.
O comandante das FDS, Adnan Afrin, disse que o número de pessoas ainda não foi determinado, uma vez que as pessoas ainda estão emergindo, mas que eram centenas, que se somam aos milhares que saíram de Baghouz nas últimas semanas.
A rendição ocorreu durante uma pausa na ofensiva apoiada pelos EUA, que começou no domingo a tomar o último território do Estado Islâmico -- que já ocupou um terço do Iraque e da Síria, incluindo as cidades de Mosul e Raqqa.
Mais cedo, disparos de artilharia atingiram o enclave sitiado quando aviões sobrevoaram a cidade.
As FDS disseram que os jihadistas empregaram mais de 20 homens-bomba em três contra-ataques nos últimos dois dias. Ele disse que pelo menos 112 militantes foram mortos desde que o ataque recomeçou, incluindo mais de 15 na manhã de quinta-feira.
Acredita-se que nenhum líder do Estado Islâmico esteja em Baghouz, segundo uma autoridade de defesa dos EUA. Especialistas do governo dos EUA acreditam fortemente que o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, está vivo e possivelmente se escondendo no Iraque.
O grupo ainda é considerado uma poderosa ameaça à segurança, com uma forte presença em áreas remotas, e espera-se amplamente que lance uma campanha de ataques de guerrilha.
(Reportagem de Ellen Francis)
Escrito por Thomson Reuters
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