CEO da Sigma Lithium não venderá empresa no cenário atual de preços do lítio
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Por Clara Denina e Veronica Brown
LONDRES (Reuters) - A executiva-chefe da Sigma Lithium não venderá a mineradora nos atuais níveis de preço do lítio e está se concentrando em seus planos de expansão de curto prazo, disse ela em entrevista à Reuters.
A empresa sediada em Vancouver, cujo principal negócio é um projeto de lítio de rocha dura na Grota do Cirilo, no Brasil, começou a procurar possíveis compradores há cerca de um ano.
Desde então, os preços do lítio, um metal essencial para as baterias de veículos elétricos, foram pressionados pela adoção mais lenta do que o esperado de veículos elétricos em todo o mundo, juntamente com o excesso de produção na China.
A CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner, disse que seu foco agora é a expansão das operações.
'Com esses preços, não estamos vendendo', disse ela.
'Estou construindo um negócio, por isso estou dobrando a capacidade', acrescentou.
Cabral-Gardner disse em julho passado que o banco assessor Bank of America vinha realizando reuniões há vários meses com partes interessadas em adquirir a Sigma, e a empresa disse posteriormente que havia recebido propostas dos setores de energia, automotivo, baterias e refino de lítio.
Além dos preços mais baixos, a Sigma passou por uma série de mudanças no quadro de executivos, incluindo a demissão, no início do ano passado, do ex-co-CEO Calvyn Gardner, de quem Cabral-Gardner está se divorciando, e uma série de ações judiciais no Brasil e nos Estados Unidos.
Cabral-Gardner disse que o Bank of America ainda estava conduzindo uma revisão estratégica da empresa, mas não quis dar detalhes.
'Iniciamos uma análise estratégica e pensamos: 'Tudo bem, vamos ver se faz sentido fazer alguma coisa'', disse ela. 'Foi uma pena que tenhamos feito isso contra os ventos contrários desse preço'.
Nesse meio tempo, ela disse que a Sigma pretendia dobrar de tamanho até o próximo ano.
A empresa anunciou esta semana que planeja aumentar a produção para 520.000 toneladas por ano até 2025, em comparação com as 270.000 toneladas atuais, desembolsando 100 milhões de dólares para adicionar uma segunda linha de produção em sua planta industrial Greentech no Brasil.
O Brasil exporta a maior parte de seu lítio.
As ações da empresa subiram com a notícia do plano de aumentar a produção.
A Sigma concordou em 2021 em fornecer lítio para a LG Energy Solution, embora no mês passado a empresa sul-coreana tenha iniciado uma arbitragem sobre o que considerou violações do acordo. A Sigma negou as alegações. Ela também fechou um acordo de fornecimento no ano passado com a trading de commodities Glencore.
(Reportagem adicional de Fabio Teixeira e Ernest Scheyder; Texto de Daina Beth Solomon)
Escrito por Reuters
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