Cher lança seu primeiro álbum de Natal

É difícil encontrar algo que Cher, em seus mais de 50 anos de carreira, ainda não tenha feito. Ela já alcançou o EGOT e é a única artista a ter uma música número 1 em cada uma das últimas seis décadas. Mas o álbum novo de Natal é um território totalmente novo!

O projeto temático traz 13 canções, incluindo versões de Cher de clássicos natalinos como "Santa Baby" e "Run Run Rudolph", além de quatro faixas originais. Durante uma entrevista com o The Guardian, a cantora admitiu que um projeto como esse, há muito tempo, lhe pareceu um clichê cínico. “Todo mundo já fez isso”, disse ela. “Então, quando meu gerente me ligou e disse: 'Gostaríamos que você fizesse isso', minha resposta imediata foi 'Não!' Ele disse: 'Basta pensar nisso'. Então, sentei e pensei: 'O que posso fazer diferente?'".

O álbum, intitulado “Christmas”, é, segundo ela, um álbum natalino que "não grita ‘Natal’”. Na verdade, metade das músicas são novas, outras faixas são totalmente inesperadas, como um cover da arrebatadora "This Will Be Our Year" dos Zombies, de sua obra-prima cult de 1968, "Oracle & Odyssey". “Mais do que tudo, eu queria que este álbum fosse divertido”, disse Cher.

Gravado principalmente em Los Angeles e Londres, o álbum foi produzido pelo colaborador de longa data Mark Taylor (“Believe”). Além disso,ele inclui grandes nomes da música internacional como Stevie Wonder, Michael Bublé, Cyndi Lauper e Darlene Love.

Todo o álbum tem um contexto profundo, com sua voz soando tão forte quanto nunca, e com mensagens significativas em cada canção. Por exemplo, seu dueto com Darlene Love, que se junta a ela em "Christmas (Baby Please Come Home)". Cher, quando tinha 17 anos, fez backing vocals nesta faixa de Love, quando ela foi gravada pela primeira vez em 1963, com o produtor Phil Spector.

Outro momento de destaque de Cher é o dueto dela e Wonder na grande faixa natalina da Motown de 1967, intitulada “What Christmas Means to Me”. Cher admite: “Cada vez que ouço aquela gaita, sou uma adolescente de novo. É um sonho pessoal que se tornou realidade gravar essa música com Stevie”. Cher revelou estar nervosa com a proposta de falar com o grande cantor, e quando tomou coragem: “Liguei para ele e disse: 'Stevie, eu fiz (a canção). Estou muito orgulhosa. Mas tem coisas que eu não posso fazer (sozinha), preciso de você”.

Cher classificou o projeto como um dos destaques mais inesperados de sua carreira e dedicou a ele a sua falecida mãe, Georgia Holt, que morreu aos 96 anos, pouco antes do Natal do ano passado. “Penso na minha mãe o tempo todo”, diz ela. A artista conta que sente a presença da mãe ainda em sua vida. Ela redescobriu um prato enorme que fez para sua mãe, virou-o e leu o que dizia: “Querida mãe, eu te amo, Feliz Natal” e sentiu que aquilo foi um sinal divino.
Além do álbum, Cher está se preparando para lançar uma edição do 25º aniversário de seu álbum vencedor do Grammy, “Believe”, em 3 de novembro. A faixa-título é creditada como o primeiro uso do autotune – embora, como ela lembra, tenha sido denominada uma “máquina de afinação” na época.

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