Ciência mostra que desenhar pode ser uma boa saída para quem visa não esquecer das coisas
A tática de transformar a ideia em desenho se mostrou mais eficaz do que só escrever, sugere estudo norte-americano
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De acordo com publicação da Revista norte-americana Time, a maioria das pessoas quando quer lembrar de algo importante faz anotações. Porém, uma pesquisa feita no Canadá mostrou que a melhor forma para manter essas memórias frescas é desenhar.
''Desenhos fazem o cérebro trabalhar de modo diferente do que somente escrever: força o órgão a processar uma informação visual e a traduzir o significado da palavra por trás da imagem, por exemplo’’, aponta a coautora do estudo, publicado recentemente no ''Journal Experimental Aging Research'', Melissa Meade, candidata a um doutorado em neurociência na Universidade de Waterloo, no Canadá.
Os pesquisadores acreditam que usar técnicas de desenho pode beneficiar a memória e o cérebro.
E, de acordo com ela, idosos poderiam obter uma gama de coisas positivas ao aderir o método. O desenho pode tirar vantagens das regiões do cérebro melhor preservadas e aumentar a memória.
Os resultados foram confirmados por Melissa e sua professora de psicologia Myra Fernandes em uma série de experimentos envolvendo 48 adultos, com idade variada- de universitários a senhores na casa dos 80 anos.
“Mesmo que você for péssimo nessa arte, isso não importa mediante a quantidade de benefícios gerados, quando opta por desenhar em vez de escrever,” coloca Myra.
Lista de supermercado e estudos
Já imaginou ter que fazer compras no supermercado e no lugar de realizar uma lista convencional com o nome dos elementos, que precisa adquirir, preferir desenhá-los? Para Melissa, se isso acontecer, a pessoa se torna mais apta a lembrar dos itens depois.
A Estratégia serviria, também, para estudantes. Desenhar, por exemplo, sistemas complexos, como o da fotossíntese, pode ajudar a melhorar a memória.
Mas, a implicação mais animadora está relacionada aos adultos que têm algum declínio cognitivo. Segundo Melissa, até aqueles que estão começando a sofrer com a demência e com as perdas de memória seriam afetados positivamente com a técnica. Fazer uma espécie de diário com ''fotos'' seria, nesse caso, mais indicado do que só se expressar através das palavras, e poderia auxiliar esse público a guardar detalhes da vida deles. “Quando se recordam de informações, isso tende a ser algo que foi desenhado’’, finaliza.
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