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Cientistas descobrem mal-entendido sobre campo magnético de Urano

Placeholder - loading - Imagem do planeta Urano feita pela Voyager 2, da Nasa, em 1986 Nasa/JPL/Divulgação via REUTERS
Imagem do planeta Urano feita pela Voyager 2, da Nasa, em 1986 Nasa/JPL/Divulgação via REUTERS
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Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - Em 1781, o astrônomo britânico nascido na Alemanha William Herschel fez de Urano o primeiro planeta descoberto com a ajuda de um telescópio. Este planeta frio, o terceiro maior do nosso sistema solar, continua sendo um enigma 243 anos depois. E parte do que pensávamos saber sobre ele acaba se revelando equivocado.

Grande parte do conhecimento sobre Urano foi obtido quando a nave espacial robótica Voyager 2 da Nasa realizou um sobrevoo de cinco dias em 1986. Mas os cientistas descobriram agora que a sonda visitou o planeta em um momento de condições incomuns -- um intenso evento de vento solar -- que levou a observações enganosas sobre Urano e, especificamente, seu campo magnético.

O vento solar é um fluxo de alta velocidade de partículas carregadas que emanam do sol. Os pesquisadores deram uma nova olhada em oito meses de dados da época da visita da Voyager 2 e descobriram que ela encontrou Urano apenas alguns dias após o vento solar ter esmagado sua magnetosfera -- a bolha magnética protetora do planeta -- para cerca de 20% de seu volume usual.

'Descobrimos que as condições de vento solar presentes durante o sobrevoo ocorrem apenas 4% do tempo. O sobrevoo ocorreu durante o pico máximo de intensidade do vento solar em todo aquele período de oito meses', disse o físico de plasma espacial Jamie Jasinski, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, autor principal do estudo publicado na segunda-feira no periódico Nature Astronomy.

'Teríamos observado uma magnetosfera muito maior se a Voyager 2 tivesse chegado uma semana antes', disse Jasinski.

Tal visita provavelmente teria mostrado que a magnetosfera de Urano é similar às de Júpiter, Saturno e Netuno, os outros planetas gigantes do sistema solar, disseram os pesquisadores.

Uma magnetosfera é uma região do espaço ao redor de um planeta onde o campo magnético planetário domina, criando uma zona protetora contra a radiação solar e de partículas cósmicas.

As observações da Voyager 2 deixaram uma impressão equivocada sobre a magnetosfera de Urano, que carece de plasma e possui cinturões incomumente intensos de elétrons altamente energéticos.

O plasma -- o quarto estado da matéria depois dos sólidos, líquidos e gases -- é um gás cujos átomos foram divididos em partículas subatômicas de alta energia. Como o plasma é uma característica comum na magnetosfera de outros planetas, sua baixa concentração observada ao redor de Urano foi intrigante.

'O ambiente de plasma de qualquer magnetosfera planetária é geralmente formado por plasma do vento solar, plasma de quaisquer luas presentes dentro da magnetosfera e plasma da atmosfera do planeta', disse Jasinski.

'Em Urano, não vimos plasma do vento solar ou das luas. E o plasma que foi medido era muito tênue', disse Jasinski.

Urano, de cor azul-esverdeada devido ao metano contido em uma atmosfera composta principalmente de hidrogênio e hélio, tem um diâmetro de cerca de 50.700 km. É grande o suficiente para acomodar 63 Terras dentro dele. Entre os oito planetas do sistema solar, apenas Júpiter e Saturno são maiores.

Sua inclinação incomum faz com que Urano pareça orbitar o sol como uma bola rolando. Urano, que orbita quase 20 vezes mais longe do sol do que a Terra, tem 28 luas conhecidas e dois conjuntos de anéis.

As observações da Voyager 2 sugeriram que suas duas maiores luas -- Titânia e Oberon -- frequentemente orbitam fora da magnetosfera. O novo estudo indica que elas tendem a ficar dentro da bolha protetora, tornando mais fácil para os cientistas detectarem magneticamente potenciais oceanos subterrâneos.

'Acredita-se que ambos sejam os principais candidatos a abrigar oceanos de água líquida no sistema uraniano devido ao seu grande tamanho em relação às outras luas principais', disse o cientista planetário do Laboratório de Propulsão a Jato e coautor do estudo, Corey Cochrane.

Os cientistas estão ansiosos para saber se oceanos subterrâneos em luas no sistema solar externo têm condições adequadas para sustentar vida. A Nasa lançou uma nave espacial em 14 de outubro em uma missão para a lua Europa de Júpiter, para abordar essa mesma questão.

'Uma futura missão a Urano é crucial para entender não apenas o planeta e a magnetosfera, mas também sua atmosfera, anéis e luas', disse Jasinski.

(Reportagem de Will Dunham)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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