Cigarros eletrônicos são eficazes, mas trazem preocupações
Um dos problemas é não haver muitas informações sobre seu uso a longo prazo.
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Um estudo recente atestou: os cigarros eletrônicos funcionam. Ou pelo menos são mais eficazes para ajudar na desistência do cigarro convencional em comparação com outros produtos para reposição de nicotina, como adesivos e chicletes. Os pesquisadores afirmaram que, se associado a terapia comportamental, a taxa de sucesso pode chegar a 18%.
“Os cigarros eletrônicos foram quase duas vezes mais eficazes do que a combinação ‘padrão-ouro’ de produtos de reposição de nicotina”, disse Peter Hajek, principal autor da pesquisa.
Embora tenha-se registrados benefícios, a equipe também notou que, entre os participantes que largaram o cigarro tradicional, quase 80 por cento continuaram usando o cigarro eletrônico depois de vários meses. Segundo os críticos, isso não é um bom sinal, pois parece apenas estar criando outra forma de vício.
Isso causa preocupação entre os profissionais de saúde, uma vez que pode criar uma nova forma de vício ainda mais preocupante já que não existe muitas informações a respeito dos riscos de saúde em relação ao uso prolongado dos cigarros eletrônicos.
Nos Estados Unidos, o receio com os resultados do estudo é ainda maior, devido ao crescente uso de cigarro eletrônico entre jovens. Para especialistas, isso traz um segundo temor: jovens que usam cigarro eletrônico podem estar mais propensos a fumar cigarros tradicionais, pois o cérebro adolescente pode estar mais vulnerável aos efeitos aditivos da nicotina.
Por causa disso, o debate sobre recomendar ou não os cigarros eletrônicos na luta contra o tabagismo continua um impasse. “Existe uma tensão inevitável entre proteger as crianças dos cigarros eletrônicos e promover o fim do tabagismo, o que também é muito importante”, disse Neal L. Benowitz, da Universidade da Califórnia, ao News York Times.
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