Colaboradores do Facebook criticam postura adotada pela empresa
Centenas se manifestaram por meio de carta
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Segundo publicação do jornal, norte-americano, The New York Times, da última segunda-feira, 28 de outubro, mais de 250 funcionários do Facebook se mostraram insatisfeitos com a política de anúncios da rede social, que corrobora com a propagação de informações falsas, em uma carta endereçada ao CEO Mark Zuckerberg e a outros líderes da companhia.
Eles rechaçam a postura de Mark, principalmente, a decisão da organização de dar aval aos políticos para postarem qualquer anúncio na plataforma, mesmo que sejam repletos de mentiras.
A mudança na moderação de anúncios de cunho político foi anunciada recentemente. Com isso, posts com informações falsas seriam descritos como fake news, porém, seguiriam sendo exibidos na plataforma. E os autores das publicações estariam imunes, não seriam submetidos a nenhuma medida punitiva.
Na publicação, os trabalhadores afirmam que liberdade de expressão e um discurso pago não são a mesma coisa e fazem um alerta para as campanhas de desinformação protagonizadas por candidatos e ocupantes de cargos políticos que disseminam mentiras.
A carta mostra que parte dos colaboradores da social mídia se opõe à política de anúncios do Facebook, incluindo as direcionadas à senadora Elizabeth Warren.
O material recebeu elogios. Uma das figuras que se manifestou a favor do conteúdo foi a congressista Alexandria Ocasio-Cortez, do Partido Democrata, que, inclusive, intitulou os mais de 250 indivíduos como “corajosos por fazerem frente” à política de Zuckerberg, que para ela é “perturbadora”.
Em um dos trechos, os autores da carta dizem: ‘’A desinformação afeta a todos. As nossas políticas atuais relativas à verificação de pessoas em cargos políticos ou aqueles que concorrem a essas funções são uma ameaça''...
E continuam: ''Isso não protege vozes, mas, sim, dá uma arma para políticos voltados ao seu público-alvo, que, por sua vez, acredita que o conteúdo postado por pessoas públicas é confiável’’...
Para os colaboradores, ao permitir essa situação, a credibilidade do portal é potencialmente afetada. Além de evidenciar que a organização concorda com o lucro deliberado de campanhas de fake News feitas por quem visa, estrategicamente, conquistar posições de poder.
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