Comissão Europeia vai propor início de negociações para adesão da Ucrânia à UE
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Por Gabriela Baczynska e Tom Balmforth
BRUXELAS/LONDRES (Reuters) - O braço executivo da União Europeia vai recomendar na quarta-feira que o bloco abra negociações com a Ucrânia para a adesão do país como membro, já que a nação incorpora condições para tal, disseram nesta segunda duas autoridades da UE, mais de 20 meses depois de a Rússia ter invadido o país.
Em Kiev, uma autoridade do governo afirmou que a Ucrânia espera ver a Comissão Europeia dar uma resposta “positiva” para sua candidatura como membro, um impulso muito cobiçado em um momento no qual as tropas já enfrentam fadiga de batalha e preocupações sobre o futuro da vital ajuda militar norte-americana.
A Comissão vai avaliar a Ucrânia em sete áreas de reforma num relatório que informará uma decisão em dezembro, numa cúpula dos líderes nacionais da UE, sobre a possibilidade de iniciar negociações formais de adesão com Kiev.
As negociações para entrada no bloco normalmente demoram anos, antes que os candidatos atinjam critérios legais e econômicos para se juntar ao grupo de países, e o bloco está cauteloso em aceitar uma nação em estado de guerra. Mesmo assim, avançar na integração com o Ocidente é uma prioridade da Ucrânia, uma ex-república soviética com 44 milhões de habitantes e localizada entre a Rússia e a UE.
Os apoiadores da adesão falam em necessidade geoestratégica.
“O consenso é claro”, disse um diplomata francês, acrescentando que o apoio à entrada ucraniana é “muito sólido” no bloco.
A Hungria, onde o primeiro-ministro Viktor Orban se gaba de ter laços com Moscou, tornou-se um potencial oponente à decisão a favor de Kiev em dezembro. Ela requer apoio unânime de todos os 27 Estados do grupo.
Em visita a Kiev no sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a Ucrânia por realizar reformas, dizendo que o país já atingiu 90% das condições para o início das negociações de adesão.
(Reportagem de Gabriela Baczynska, reportagem adicional de Andrew Gray e John Irish)
Escrito por Reuters
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