Como a mesma música conta histórias diferentes ao redor do mundo

Já parou para pensar naquela música que te faz lembrar algum episódio marcante na vida ou até mesmo que remeta a uma imagem? Esse são os poderes que a música tem sobre a interpretação e memória do ser humano.

A sonoridade, a música em sua essência é algo indispensável no dia a dia do ser humano, a verdade é que ninguém fica sem escutar uma boa canção, seja ela para confortar ou alegrar. Pensando por esse lado, um estudo foi criado para tentar medir, interpretar como cada um reage ao ouvir uma determinada melodia.

Você sabia?

Que a música tem influência na vida do ser humano ninguém argumenta contra, mas você sabia que há uma boa relação da sonoridade com os nossos queridos pets? É isso mesmo, o som é muito importante para eles também, e a música não fica de fora. Pensando nessa ligação entre os animais e a melodia, a Antena 1 trouxe um veterinário renomado para falar do assunto, confira no link a seguir.

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Seguindo com a nossa matéria, um estudo foi realizado em diferentes estados e cidades do Estados Unidos, especialmente com universitários e a outra parte ficou espalhada na China. A investigação consiste em distribuir a mesma melodia para 600 pessoas, de diferentes idades e lugares.

Os pesquisadores responsáveis por isso são Elizabeth Margulis, pianista e professora, e o neurologista Devin McAuley.

A literatura científica em algum momento considera a música um estímulo abstrato, desprovido de significado explícito, ora considera uma linguagem universal apenas. Os voluntários foram então submetidos ao teste onde apenas ouviram a canção e ao ouvir foram encorajados a descrever o que eles pensavam, uma simples a música.

Depois de coletar os relatos, mais precisamente 32 sobre os 600 ao total. Ao analisar os resultados, os professores Elizabeth e Devin puderam perceber que os estudantes dos Estados Unidos disseram histórias parecidas.

Os outros voluntários que em sua grande maioria era de distritos chineses mostram uma diversidade maior entre os relatos. Por exemplo, uma música para os americanos lembro um pássaro e o nascer do sol, para os chineses pensaram que essa mesma música remeteu como um homem soprando uma folha em uma montanha.

Um fato pôde ser constatado que, para todos ouve algo semelhante, a música lembrou uma história e isso seria muita coincidência entre os estudantes que falaram a mesma coisa. O fator regional também ajuda a justificar essa semelhança.

Um dado foi levantado pelos pesquisadores que, sobre escuta narrativa, revelaram que o grau de narratividade de uma peça musical, bem como seu envolvimento narrativo (quão vívidos e claros os eventos e personagens da história estão em mentes dos ouvintes) varia de trecho para trecho, com forte consistência dentro da cultura e grandes diferenças entre culturas para respostas de cada voluntario ali escolhido.

Para não haver possibilidades de contato, além da distância e de diferença de países, a música selecionada não era muito popular, e para muitos foi a primeira experiencia que tal melodia. Com isso, é possível perceber o quanto a interpretação da música vem desde as experiencias antigas vivadas, com o fator cultural local, além do fator “apreciar” a melodia ou não.

Pesquisas sobre escuta narrativa revelaram que o grau de narratividade de uma peça musical, bem como seu envolvimento narrativo (quão vívidos e claros os eventos e personagens da história estão em mentes dos ouvintes) varia de trecho para trecho, com forte consistência dentro da cultura e grandes diferenças entre culturas para respostas a peças individuais

“Histórias imaginadas podem conectar ouvintes com experiências culturais semelhantes tanto quanto podem dividir ouvintes com diferentes”, relatou a equipe de pesquisa. Ainda ressaltaram também, “Foi um importante corretivo para a suposição de que a música necessariamente ajuda a compreensão intercultural”.

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