Como andam as pesquisas sobre uso de animais para fins terapêuticos
Cães são a maioria, mas há também gatos, cavalos e até lhamas.
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O uso de animais para fins terapêuticos está crescendo. Cães, cavalos, gatos, coelhos e até mesmo lhamas estão sendo cada vez mais usados para garantir o bem-estar de pacientes em hospitais, clínicas de câncer e outros locais. A pesquisa para apoiar a eficácia desse tipo de terapia, no entanto, ainda está seu estágio inicial.
A demanda por animais em clínicas e locais de trabalho às vezes supera a oferta, de acordo com Pet Partners, o maior registro de animais de terapia da nação. A organização, sediada em Bellevue, Washington, tem um banco de dados de 13 mil animais que fazem um coletivo de três milhões de visitas por ano. Enquanto 94 por cento dos animais são cães, a lista inclui também 200 gatos e 20 lhamas, disse C. Annie Peters, presidente e diretora executiva do grupo.
"Vou dizer que é preciso um gato muito especial" para se tornar um animal de terapia, disse Peters. Isso porque, ariscos, os gatos muitas vezes não gostam nem mesmo de entrar em carros para serem levados de um lugar a outro.
Os animais de terapia não são os mesmos que os animais de serviço, que são treinados para ajudar pessoas com deficiências. E enquanto um gato doméstico pode confortar seu dono, um felino para ser registrado no serviço precisaria se sentir bem também com afagos de estranhos.
"Quando as crianças têm animais de estimação em casa, ter um animal de terapia normaliza a sua estadia aqui", disse Jennifer Toomer-Cook, porta-voz do Hospital Infantil da Primária em Salt Lake City. “Eles ajudam no controle da dor e no medo, e são uma distração. Ter um gato ronronando ao seu lado acalma”.
Pesquisas em torno dos benefícios da terapia assistida por animais para pessoas com autismo, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e outros disturbios estão começando a surgir. Em um sinal da crescente maturidade do campo, a Purdue University, em conjunto com o Human Animal Bond Research Institute, está acumulando uma biblioteca de trabalho sobre o vínculo entre humanos e animais que agora inclui cerca de 30 mil artigos.
Ainda assim, muitos especialistas na área dizem que há muito mais trabalho científico pela frente, mas não negam que a terapia de fato tenha animado os pacientes.
"As pessoas que praticam intervenções assistidas por animais estão tão convencidas de seu valor, sua eficácia, que elas correm adiante e não esperaram que a pesquisa as acompanhem", disse James A. Serpell, professor de ética e bem-estar animal na Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia e diretor do Centro para a Interação de Animais e Sociedade. Mas "isso não significa que a pesquisa não irá alcançá-lo", diz.
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