Controladora da Novo Nordisk comprará Catalent por US$11,5 bi para aumentar fornecimento de Wegovy
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(Reuters) - A Novo Holdings, controladora da Novo Nordisk, comprará a Catalent por 11,5 bilhões de dólares em dinheiro para ajudar a atender à forte demanda por seu popular medicamento para perda de peso Wegovy, disseram as empresas nesta segunda-feira.
Como parte do acordo, a Novo Nordisk comprará três instalações de enchimento e acabamento da Catalent, no momento em que a empresa dinamarquesa tem dificuldades para atender à extraordinária demanda por medicamentos mais novos e poderosos para perda de peso e diabetes, como Wegovy e Ozempic, no último ano.
A Catalent, cujas ações subiram 13%, para 61,69 dólares, nas negociações de pré-abertura, é a principal fornecedora de trabalho de enchimento e acabamento, ou enchimento e embalagem de seringas e canetas de injeção, para o Wegovy, da Novo Nordisk.
'A aquisição complementa os investimentos significativos que já estamos fazendo em instalações de ingredientes farmacêuticos ativos, e os locais proporcionarão flexibilidade estratégica à nossa rede de fornecimento existente', disse o presidente-executivo da Novo Nordisk, Lars Fruergaard Jørgensen.
A Novo espera que o acordo ajude a aumentar gradualmente sua capacidade de enchimento a partir de 2026.
Como parte do acordo, a Novo Nordisk comprará três unidades da Catalent por meio de seu acionista controlador, a Novo Holdings, por 11 bilhões de dólares. A Novo Holdings possui 76,9% das ações com direito a voto da fabricante de Wegovy.
O acordo para as três unidades de enchimento e acabamento terá um impacto negativo percentual baixo, de um dígito, no crescimento do lucro operacional em 2024 e 2025, disse a Novo Nordisk.
A Novo Nordisk enfrenta a concorrência do Zepbound, da Eli Lilly, na corrida de medicamentos contra a obesidade, que está crescendo rapidamente, mas um grande obstáculo para ambas as empresas é atender a uma demanda feroz. Os analistas estimam que o mercado poderá valer até 100 bilhões de dólares até o final da década.
(Reportagem de Leroy Leo em Bengaluru)
Escrito por Reuters
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