Earth, Wind & Fire: A Força da Positividade Criada por Maurice White
Ao misturar ritmos, o músico deu vida a uma das bandas mais icônicas da história música
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Para compreender o Earth, Wind & Fire, basta examinar os títulos de suas músicas: “Mighty Mighty”, “Happy Feelin'”, “Boogie Wonderland”. Estes refletem a busca pela positividade e harmonia através do funk. O líder da banda, Maurice White, expressava: "Criar uma música edificante era o nosso propósito".
Earth, Wind & Fire, ao mesclar jazz, latinidade e soul com uma pulsação rítmica contagiante, vendeu mais de 90 milhões de álbuns globalmente. Discos multi-platina e clássicos como "September", "Fantasy" e "After The Love Has Gone" solidificaram seu legado e banda, desde seu surgimento no final dos anos 60, era tida como uma das maiores referências musicais.
Em seus shows, no auge da carreira, com até 16 músicos em palco, incorporaram pirotecnia, efeitos luminosos e até truques de mágica (pianos flutuantes, atos de desaparecimento). E muitas vezes era possível encontrar um jovem Michael Jackson na plateia, fazendo anotações.
Maurice White, iniciando sua carreira como baterista de jazz, tocou diversos instrumentos de percussão, incluindo a kalimba africana, elemento essencial no som da banda. No grupo, compartilhava os vocais principais com Philip Bailey, escreveu/co-escreveu alguns dos maiores sucessos do grupo e produziu muitos discos.
Assim que ele se formou, ganhou destaque como baterista na Chess Records, tocando para Etta James, Muddy Waters e Fontella Bass, antes de sair para se juntar ao popular grupo de jazz The Ramsey Lewis Trio. Pouco tempo depois, Maurice deixou o Trio e se juntou a dois amigos em Chicago, Wade Flemons e Don Whitehead, como uma equipe de compositores escrevendo músicas e comerciais na área de Chicago. Os três amigos conseguiram um contrato de gravação com a Capitol e se autodenominaram “Salty Peppers”, e tiveram um sucesso marginal na região Centro-Oeste chamado “La La Time”.
Essa banda contava com Maurice nos vocais, percussão e Kalimba junto com os tecladistas/vocalistas Flemons e Whitehead. Depois de se mudar para Los Angeles e assinar um novo contrato com a Warner Bros., Maurice fez simultaneamente o que pode ter sido o movimento mais inteligente de sua jovem carreira: ele mudou o nome da banda para Earth, Wind & Fire (em homenagem aos três elementos de seu mapa astrológico).
O novo nome também capturou a abordagem espiritual de Maurice à música – uma abordagem que transcendia categorias e apelava a múltiplos princípios artísticos, incluindo composição, musicalidade, produção e performance. Além de White, Flemons e Whitehead, Maurice recrutou Michael Beal na guitarra, Leslie Drayton, Chester Washington e Alex Thomas nas trompas, Sherry Scott nos vocais, o percussionista Phillard Williams e seu irmão mais novo Verdine no baixo. “In The Stone” foi seu primeiro grande lançamento, marcando o início da fase imperial da banda. Com álbuns como "Head to the Sky" e "Open Our Eyes", Earth, Wind & Fire foram conquistando novos públicos.
Uma das maiores curiosidades da banda é sobre sua relação direta com Milton Nascimento. O líder do Earth, Wind & Fire declarou que a banda teve a influência dele em sua sonoridade, principalmente destacando o álbum “Native Dancer” do brasileiro com o instrumentista Wayne Shorter. Durante uma entrevista, Milton contou que quando conheceu Maurice, ele o agradeceu por ensiná-lo a cantar com caminhos mais melódicos, feitos por ele no álbum. Maurice admitiu ter recrutado um maior número de pessoas para fazerem os backing vocals na banda, por conta de Milton.
Ao todo, com 16 singles no Top 40, seis Grammys e vendas de cerca de 90 milhões de álbuns, a banda alcançou reconhecimento duradouro. Maurice White, também premiado individualmente, entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 2000 e para o Hall da Fama dos Compositores em 2010. Earth, Wind & Fire foi e sempre será uma das maiores bandas de funk de todos os tempos.
Quando Maurice falou sobre o desejo de criar a banda, refletiu: “Desde a minha juventude, sempre senti certas afinidades com a ideia de ser pregador. Ser alegre e positivo era o objetivo do nosso grupo. Queríamos alcançar todas as pessoas e manter uma atmosfera universal. Todas as nossas músicas tinham essa energia positiva. Criar uma música edificante era o nosso propósito".
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