Entrevista exclusiva Antena 1: Jacob Banks
Saiba sobre a história do cantor e confira nossa conversa especial sobre sua visão acerca da música e seu novo álbum
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Você conhece Jacob Banks? Caso a resposta seja não, este é o momento perfeito para conhecer. Caso a resposta seja sim, pode se animar, pois a Antena 1 traz uma entrevista exclusiva com o anglo-nigeriano - especialmente para você!
Mas antes de descobrir o que Banks contou para nós, vamos apresentá-lo àqueles para quem sua obra ainda não é familiar.
Quem é Jacob Banks?
Nascido na Nigéria, o artista se mudou para Birmingham, Inglaterra, aos 13 anos. Musical desde jovem, Jacob começou a tocar guitarra, compor e cantar aos 20, mostrando ao que veio em, inicialmente, pequenos shows e apresentações. Rapidamente, o músico conquistou admiradores e mais reconhecimento com suas letras profundas, ritmos tocantes e inspirações africanas.
Virtuoso no Blues e R&B, seu primeiro lançamento foi o EP “The Monologue”, de 2013.
Abaixo você confere a discografia de Banks:
Álbuns
- Village (2018)
EP’s
- The Monologue (2013)
- The Paradox (2015)
- The Boy Who Cried Freedom (2017)
- For My Friends (2021)
A seguir, descubra grandes sucessos de Jacob Banks:
Chainsmoking
Unknown (To You)
Unholy War
Devil That I Know
Agora que você já foi devidamente apresentado a Jacob Banks, descubra o que o artista contou em sua entrevista com a Antena 1 sobre os lançamentos mais recentes - as canções “Just When I Thought” e “By Design [Evel Knievel]” (ambas parte do álbum “Lies About the War”) -, sua última coletânea e sobre o show que fará em São Paulo em 23 de setembro.
Antena 1: Em primeiro lugar, nossos ouvintes aqui da Rádio Antena 1 adorariam saber mais sobre seu show, que acontecerá em setembro em São Paulo.
Jacob Banks: Será minha primeira vez no Brasil. Nos últimos dois anos tenho recebido uma quantidade insana de apoio e amor de meus amigos no Brasil. Então eu estou realmente ansioso para poder retribuir essa amizade de alguma forma. Estou realmente ansioso para conhecer todos, ter essa experiência e poder agradecer por todo o apoio que eles escolheram me dar. Estou ansioso!
Antena 1: Ouvindo “Just When I Thought” e “By Design [Evel Knievel]”, notei que, apesar de ambas pertencerem ao seu novo álbum, elas têm uma vibe bem diferente. O que podemos esperar de “Lies About the War” (“Mentiras Sobre a Guerra), qual foi a inspiração por trás disso?
Jacob Banks: “Mentiras sobre a guerra” é uma frase usada para se dirigir aos soldados que voltavam da guerra vitoriosos e contavam histórias. É sobre a história ser contada pela pessoa que vence a luta.
Então, quem volta é quem decide como foi, porque nunca se sabe a verdade, uma vez que não estávamos lá. Os soldados contavam essas histórias elaboradas de como mataram 1000 homens com uma caneta, e você tem que acreditar neles porque não estava lá.
Acho que muitas vezes fazemos isso na música, fazemos isso na forma como contamos nossas histórias e “Lies About the War” é sobre isso.
O álbum fala de coisas que aprendi ao longo do caminho, mas pela minha perspectiva. Tenho certeza de que outras pessoas que estavam lá provavelmente discordariam do meu relato dos eventos.
É muito diferente das coisas que eu fiz no passado [“Lies About the War]. É muito mais aconchegante, como se fosse mais caseiro. Há muito mais calor com esta coletânea.
“Lies About the War” ainda não foi lançado, mas abaixo você pode conferir as faixas “Just When I Thought” e “By Design [Evel Knievel]” para ter um “gostinho” da obra:
“Just When I Thought”
“By Design [Evel Knievel]”
Antena 1: E quanto ao seu álbum de estreia, “Village”, você esperava tanto sucesso?
Jacob Banks: Não, eu nunca espero nada com a música em geral. Música é algo que não faço porque preciso, não. Como você mede o sucesso ou sabe o que é? Eu não sei.
Quantificar o sucesso não é algo que possa ser feito objetivamente. Se você e eu estivéssemos em uma corrida de 100 metros, seria objetivo que se você fosse mais rápido do que eu, ganharia. Mas com música não há como quantificar o sucesso, é apenas baseado em “se eu decidir que este álbum foi um sucesso, é um sucesso; se eu decidir que não é, então não é”.
Então eu realmente não me preocupo com essas coisas, porque está tão fora do meu controle. Como tudo o que posso fazer é apresentar a melhor versão de mim que tenho disponível, se as pessoas acham que isso é um sucesso, ótimo. Se eles acham que não, ótimo, eu realmente não me importo.
Estou feliz por poder fazer isso para viver. Eu começo a contar histórias para viver. Eu acordo e escolho como quero passar meu dia, com quem quero passar. É por isso que sou grato, e sou grato por poder fazer isso por causa da música. Então, sim, estou apenas feliz por estar aqui.
Antena 1: No ano passado, você nos presenteou com o EP “For My Friends” (“Para Meus Amigos”, criado durante a pandemia. O que te inspirou a criar em tempos tão difíceis?
Jacob Banks: Eu não queria criar, por um tempo, porque eu tinha escrito isso no início da pandemia. Eu apenas pensei que, como músico, cantar em tempos de morte parece muito juvenil… infantil.
Pessoas estão perdendo suas vidas e você vai começar a cantar? Mas com o passar do tempo eu pensei que pelo menos eu poderia tentar, poderia não ajudar ninguém, mas se isso ajudasse pelo menos uma pessoa…
E egoisticamente também, mantém meu cérebro funcionando. Eu sinto que estou fazendo alguma coisa e é por isso que o EP se chama “Para Meus Amigos”, porque era para meus amigos. Para todos que se sentiram sozinhos durante esse tempo, todos que estavam longe de seus entes queridos.
Eu acho que esse trabalho foi feito apenas para lembrar às pessoas que você não está sozinho, mesmo que pareça. Você sabe que há pessoas aqui que entendem o que você está passando, e você sabe que todos nós podemos sofrer como uma equipe. Nós não temos que sofrer sozinhos, então foi assim que aconteceu.
Antena 1: Qual é a sua música própria favorita?
Jacob Banks: Isso não é possível. Não posso. Não consigo escolher uma. Eu queria poder. Eu sempre descrevo a música como um anuário. Todo o trabalho que fiz é como alguém tirando uma foto minha. Agora posso olhar para trás em cinco anos e pensar que é uma camiseta feia, tipo “Por que diabos você usou isso Jacob?”. No entanto, isso era eu e naquele momento eu pensei que era a camiseta mais legal do mundo, então eu sempre tenho que respeitar essa versão de mim, porque essa versão de mim permitiu que essa versão de agora existisse.
É tudo apenas parte da história. É tudo apenas parte das minhas experiências. Sinto muito por não ter uma resposta para você.
Antena 1: Infelizmente, nosso tempo está quase acabando, então você pode mandar uma mensagem para seus fãs brasileiros?
Jacob Banks: Posso fazer uma pergunta? Como os brasileiros se sentem sobre Vin Diesel em Velozes e Furiosos?
Além disso, espero que o Brasil tenha uma boa comida. Se alguém tiver recomendações, me avise.
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