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ESPECIAL-Derrotas na Justiça vão custar à União R$31 bi em 2020, salto de quase 50%

Placeholder - loading - Caminhão recebe carregamento de cana-de-açúcar em propriedade em Ribeirão Preto, SP 15/09/2016 REUTERS/Nacho Doce
Caminhão recebe carregamento de cana-de-açúcar em propriedade em Ribeirão Preto, SP 15/09/2016 REUTERS/Nacho Doce
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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - Com receitas sem brilho e sob pressão de crescentes despesas obrigatórias, o governo federal enfrentará no próximo ano outro revés de peso no Orçamento: um salto de 48,5% no custo com processos em que sofreu derrota definitiva na Justiça.

As despesas, que tradicionalmente abarcam indenizações, benefícios e devolução de tributos contestados, somarão patamar recorde de 31,2 bilhões de reais, valor que supera o desembolso anual histórico do programa Bolsa Família.

Deste total, 9%, ou 2,8 bilhões de reais vão ser destinados a uma única cooperativa, a Copersucar.

Os valores constam em documentos vistos pela Reuters e que foram enviados pelo Conselho Federal de Justiça para a equipe econômica para elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, que deve ser encaminhado pelo governo até o fim deste mês ao Congresso Nacional.

A despesa total prevista contempla tanto recursos que são de fato especificados no Orçamento, como sentenças judiciais e precatórios, como pagamentos que entram na linha de despesas com pessoal e de benefícios previdenciários.

Em relação ao Orçamento deste ano, houve um crescimento de 10,2 bilhões de reais no total de precatórios, como são chamados os valores devidos após condenação judicial definitiva. O aumento deverá anular os efeitos positivos da reforma da Previdência estimados para o ano que vem.

O governo espera economizar 10,1 bilhões em 2020 com a reforma tal qual aprovada pela Câmara dos Deputados. O texto ainda precisa ser apreciado no Senado.

Na prática, a União também gastará mais com os precatórios do que vinha destinando anualmente ao Bolsa Família. O programa de transferência direta de renda que beneficia pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza foi orçado em 29,5 bilhões de reais para 2019, com o atendimento a 13,6 milhões de famílias.

Com a salgada conta de precatórios em 2020, o governo honrará suas obrigações judiciais junto a um grupo muito menor. A Copersucar, maior beneficiada, reúne algumas dezenas de usinas de álcool e açúcar.

O valor total devido à Copersucar --parcelado desde 2018 e que terminará de ser pago em 2024-- é de 16,5 bilhões de reais, um recorde para precatórios, refletindo conta que chegou com força no presente por controversas políticas econômicas implementadas no passado.

BILHÕES ÀS USINAS

Em 1990, a Copersucar ajuizou uma ação contra a União por prejuízos que alegou ter sofrido de 1985 a 1989 em função do tabelamento para derivados da cana de açúcar definido pelo extinto Instituto Brasileiro do Açúcar e do Álcool (IAA), que pertencia ao governo.

A legislação então vigente estabelecia que o IAA deveria levar em conta levantamentos de campo feitos pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para que os preços fixados não ficassem abaixo do custo de produção apurado.

A Copersucar apontou que isso não aconteceu, em meio à tentativa do governo de domar a galopante inflação. Na ação, pediu indenização por essa diferença de valores.

Esgotadas as possibilidades de discussão do caso na Justiça, a União viu-se obrigada a arcar com os dois maiores precatórios da história, ambos para a Copersucar. O primeiro, que começou a ser quitado em 2018, é de 5,6 bilhões de reais.

O segundo, cujo pagamento começou neste ano, alcançou outros 10,9 bilhões de reais, conforme documentos vistos pela Reuters. A Advocacia Geral da União (AGU) segurou a expedição desse precatório até o último instante possível, não devolvendo o processo à Justiça, que então determinou que fosse feita uma busca e apreensão no órgão.

Pelas ações adotadas para protelar o pagamento, a AGU chegou a ser multada mais de uma vez em dezenas de milhões de reais. Mas, segundo o órgão informou à Reuters, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região afastou a incidência da punição 'reconhecendo que não houve irregularidade ou má-fé'.

Procurada, a Copersucar afirmou que não se manifesta em relação ao processo dos precatórios 'porque há uma série de implicações jurídicas'.

Apesar de ter sido derrotada e de os precatórios já estarem sendo pagos, a AGU disse à Reuters que segue defendendo 'com plena convicção' sua tese junto ao Poder Judiciário.

'Embora pela diferença entre os preços e os custos apurados se pudesse falar da existência de um dano sofrido, seria imprescindível a sua quantificação concreta, já que em muitos casos esse dano poderia chegar a zero, pelo fato de que inúmeros fatores contábeis envolvidos nos custos de cada empresa poderiam não ser comprovados por elas ou mesmo poderiam ter levado a uma situação em que não foi nada prejudicial a prática dos preços fixados pela entidade reguladora hoje extinta (IAA)', disse a AGU.

Já o Ministério da Economia reconheceu que a conta de precatórios vem subindo ao longo do tempo. Em resposta à Reuters, defendeu que diversos fatores contribuem para esse crescimento, mas limitou-se a dizer que essas são 'questões que remontam a mais de 30 anos e não se limitam a uma ou outra empresa'.

Escrito por Reuters

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“HELLO”, FÃS BRASILEIROS! LIONEL RICHIE VEM AO BRASIL

Lionel Richie foi confirmado como uma das atrações principais do The Town 2025, que ocorrerá em São Paulo, no segundo semestre deste ano. A participação do cantor, compositor e produtor no evento reforça mais uma vez sua imensa popularidade, que transcende gerações e continentes, consolidando seu status como um dos maiores artistas da música global.

A Inovação Contínua de Lionel Richie

Embora Richie tenha começado sua carreira no icônico grupo The Commodores na década de 1970, a carreira solo que se seguiu colocou-o como um dos maiores nomes da música internacional. Seu legado não está apenas nos clássicos de sua discografia como “Hello”, “Endless Love”, “All Night Long” e “Dancing on the Ceiling”, mas também em sua capacidade de reinventar-se constantemente. Em 2025, ele continua em plena atividade, realizando uma turnê mundial e preparando o lançamento de seu aguardado livro de memórias, “Truly”, que promete revelar aspectos inéditos de sua vida pessoal e carreira.

Entre as novidades mais emocionantes de sua agenda em 2025, está sua participação em um projeto de turnê ao vivo, com datas confirmadas para a Europa, América do Norte e América Latina, incluindo o Brasil. A turnê de 2025 é uma celebração de sua carreira e a resposta ao seu público fiel, que não para de crescer, muito devido à sua versatilidade e presença de palco única.

De Vocalista do Commodores a Ícone Solo

A carreira de Lionel Richie começou a brilhar no Commodores, onde ele foi vocalista e compositor de vários sucessos de funk e soul. Canções como “Easy” e “Brick House” conquistaram a audiência, mas foi sua decisão de seguir carreira solo que solidificou sua lenda. Em 1982, ele lançou seu primeiro álbum solo, “Lionel Richie”, e não demorou muito para que se tornasse uma das estrelas mais radiantes da música mundial.

Sucessos como “Truly”, “You Are” e, claro, a inesquecível “Hello” mudaram a história da música pop, R&B e soul. O artista conseguiu dominar as paradas de sucesso e também conquistou prêmios como o Grammy, além de ser aclamado pela crítica e público de todo o mundo.

Os Sucessos de Sempre e as Releituras Country

Em 2012, seu álbum “Tuskegee” já havia sido uma demonstração de sua capacidade de transitar entre os gêneros musicais, quando regravou clássicos com alguns dos maiores nomes da música country, como Blake Shelton, Shania Twain e Keith Urban. O álbum, que inclui versões country de hits como “Hello” e “All Night Long”, conquistou o público do country e solidificou a habilidade de Richie de se reinventar de maneira única, sem perder a essência de sua música.

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BOA NOTÍCIA PARA OS FÃS DO MUSICAL "WICKED"

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