Estados Unidos aprova medicamento exclusivo para depressão pós-parto
Por aqui, o tratamento do distúrbio é feito com antidepressivos comuns combinados a psicoterapia.
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A Food and Drug Administration (FDA), órgão reguladora dos Estados Unidos semelhante a Anvisa por aqui, aprovou nesta semana o primeiro medicamento exclusivo para tratar a depressão pós-parto.
O Zulresso, da Sage Therapeutics, feito com a substância allopregnanolone, é uma injeção para uso intravenoso. Ele estará disponível em um programa de saúde restrito dos Estados Unidos, onde o medicamento só poderá ser aplicado em consultórios ou clínicas médicas e deverá ser administrado durante pouco mais de dois dias na paciente.
"A depressão pós-parto é uma condição séria que, quando se torna grave, pode ser fatal. As mulheres podem ter pensamentos para se machucar ou ferir o próprio filho. A depressão pós-parto também pode interferir na criação do vínculo entre mãe e bebê. Essa droga aprovada é a primeira especificamente feita para o tratamento da doença, uma importante opção", disse Tiffany Farchione, diretora-interina da FDA.
Durante o uso, os riscos são de sedação excessiva e/ou perda súbita de consciência durante o uso. Em razão disso, o monitoramento constante das pacientes durante a aplicação é importante. Outros efeitos colaterais podem ocorrer, como sonolência, boca seca e rubor na pele.
A depressão pós-parto pode ocorrer logo após o nascimento do bebê. Há, no entanto, casos em que os sintomas já começam durante a gravidez. É caracterizada por tristeza e/ou perda de interesse nas atividades que costumava gostar, sentimentos de inutilidade, culpa ou pensamentos suicidas.
No Brasil, a depressão pós-parto atinge uma a cada quatro mães e seu tratamento tradicional é feito geralmente com o uso de antidepressivos comuns combinados com psicoterapia.
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