Estudo consegue fazer diagnóstico precoce da depressão, mesmo antes dela se manifestar
Esse sempre foi um grande desafio para medicina, e o estudo brasileiro chamado “Projeto Conexão” encontrou pistas e respostas importantes.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão atinge 5 por cento de toda a população mundial – cerca de 350 milhões de pessoas. Já a incompreensão sobre a doença pode atingir uma em cada quatro pessoas. E um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no bem-estar do paciente.
Esse sempre foi um grande desafio para medicina, e o estudo brasileiro chamado “Projeto Conexão” encontrou pistas e respostas importantes: elas estavam no cérebro de crianças e adolescentes antes mesmo da depressão aparecer.
Usando ressonância magnética e um programa especial de computador, psiquiatras e pesquisadores da USP e das universidades federais do Rio Grande do Sul e de São Paulo mapearam o cérebro de 675 crianças.
O estudo, publicado no jornal da Associação Americana de Psiquiatria, revelou que a rede responsável pelo sistema de recompensa e motivação do cérebro tem um padrão diferente de atividade que indica a tendência à depressão.
“A avaliação, depois de três anos, mostrou que 53 jovens apresentavam um quadro de depressão. E quando nós olhamos lá, na imagem do cérebro, precocemente, três anos antes, nós já encontramos que esta rede de recompensa estava hiperativada num ponto específico. Então é um marcador precoce, que precede, vem antes do quadro clínico da doença”, afirma Pedro Mário Pan, psiquiatra da UNIFESP.
A descoberta aumenta a chance de evitar que a depressão se instale, usando medidas preventivas, como já se faz com outras doenças.
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Escrito por Redação
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