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Estudo Revela Cocaína em Tubarões Brasileiros

Saiba mais sobre os efeitos preocupantes da presença de substâncias ilícitas nos ecossistemas marinhos do país

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Imagine um cenário perturbador: tubarões nadando em águas contaminadas por cocaína. Essa realidade foi revelada por um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz, que detectou a droga em todos os 13 tubarões-de-focinho-afiado (Rhizoprionodon lalandii) analisados ao longo da costa brasileira. Mais alarmante ainda, as concentrações de cocaína encontradas nessas criaturas eram até 100 vezes maiores do que em qualquer outro animal marinho já registrado.

A presença de cocaína nos tubarões não é apenas um fato curioso, mas um sintoma preocupante da crescente poluição marinha. O estudo levanta questões sobre as origens dessa contaminação e seus impactos na vida marinha. Acredita-se que a cocaína esteja chegando aos oceanos através do descarte ilegal de drogas, uma prática comum nas rotas marítimas do Brasil e da América do Sul.

Os efeitos da cocaína e de seus metabólitos nos tubarões e outros animais marinhos ainda são amplamente desconhecidos. Cientistas alertam para a necessidade de pesquisas mais profundas para avaliar os riscos potenciais, que podem incluir:

  • Problemas Reprodutivos: A cocaína pode interferir na reprodução e na saúde dos embriões, ameaçando a sobrevivência das populações de tubarões.
  • Comportamento Alterado: A droga pode afetar o comportamento dos tubarões, tornando-os mais agressivos ou lentos, o que pode prejudicar sua capacidade de caçar e evitar predadores.
  • Danos ao Sistema Nervoso: A cocaína é uma neurotoxina que pode causar danos ao sistema nervoso dos tubarões, afetando seus sentidos, coordenação e capacidade de aprendizado.

Em junho do ano passado, a Guarda Costeira dos EUA apreendeu mais de 14.100 libras (6.400 kg) de cocaína no Mar do Caribe e no Oceano Atlântico, com um valor estimado de US$ 186 milhões (R$1 bilhão e 40 milhões), destacando a extensão do problema do contrabando de drogas na região.

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Escrito por Redação Antena 1

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