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Fed aumenta taxa de juros, reduz trajetória de aperto à frente

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Por Ann Saphir e Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve elevou as taxas de juros nesta quarta-feira, como esperado, e disse manteve planos de apertar a política monetária, mesmo com autoridades do banco central dizendo que gostariam de reduzir o ritmo de altas de juros no próximo ano.

Após semanas de volatilidade nos mercados e pedidos do presidente Donald Trump pela interrupção dos aumentos de juros, o Fed elevou a taxa em 0,25 ponto percentual. O chairman do Fed, Jerome Powell, também disse que o banco central continuaria reduzindo o tamanho de seu balanço atual em 50 bilhões de dólares por mês.

A alta de juros, a quarta deste ano, era esperada, mas os comentários de Powell sobre o balanço do Fed em uma entrevista coletiva, embora uma repetição da postura do banco, levou a vendas generalizadas nos mercados acionários.

O S&P 500 fechou em queda de 1,54 por cento. Os preços de títulos subiram, pressionando os rendimentos do Treasury de 10 anos abaixo de 2,80 por cento, para o menor nível desde maio. O dólar, enfraquecido na véspera, recuperou terreno contra a maioria das principais moedas.

Ao reduzir a quantidade de títulos em seu balanço, o Fed coloca pressão adicional sobre as taxas de juros, algo que Trump pediu explicitamente nesta semana que fosse encerrado.

'Eu acho que a redução do balanço tem sido suave e serviu seu propósito, e não vejo mudando isso', disse Powell a repórteres depois que o Fed elevou os juros para o intervalo entre 2,25 por cento a 2,5 por cento.

O Fed reconheceu a incerteza crescente sobre o crescimento econômico global e expectativas de que a economia dos EUA vai desacelerar, com novas previsões econômicas mostrando que autoridades agora vêem apenas duas altas adicionais no próximo ano, contra três projetadas em setembro.

O órgão disse que 'algum' aumento adicional gradual das taxas de juros seria necessário, uma mudança sutil que sugere que está se preparando para interromper as altas de juros.

No comunicado, o Fed disse que os riscos para a economia estão balanceados e que 'seguirá monitorando desenvolvimentos econômicos e financeiros globais e avaliar suas implicações para a perspectiva econômica'.

A decisão de elevar os custos de empréstimo mais uma vez deve irritar o presidente Donald Trump, que repetidas vezes classificou o aperto do banco central neste ano como algo que prejudica a economia.

O Fed vem subindo os juros para reduzir o estímulo que a política monetária dá à economia, que está crescendo mais rápido do que os membros votantes de política monetária do banco vêem como uma taxa sustentável.

Há temores, porém, de que a economia entre numa fase difícil no próximo ano, conforme o estímulo fiscal do governo Trump e pacote de corte de impostos de 1,5 trilhão de dólares perca força e a economia global desacelera.

O Fed também fez um ajuste técnico amplamente esperado, elevando a taxa que os bancos pagam sobre o excesso de reservas em 20 pontos básicos para ter um controle melhor sobre a taxa básica de juros e mantê-la dentro do intervalo.

'Acho que os mercados estavam procurando por mais, em termos de uma pausa', disse Jamie Cox, sócio na Harris Financial Group. 'Não é tão dovish quanto esperado, mas eu acredito que o Fed vai recuar ainda mais à medida que entramos no novo ano.'

Escrito por Thomson Reuters

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SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

Frances Robinson também é citada por conivência e racismo

Além de Smokey Robinson, o processo responsabiliza Frances Robinson por omissão e conivência com os abusos, além de contribuir para um ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.

Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de violações das leis trabalhistas, como não pagamento de salário mínimo, ausência de horas extras, e falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos US$ 50 milhões em danos morais, materiais e punitivos.

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