Governo adia anúncio do Plano Safra para próxima semana; bancada ruralista lamenta
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Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal adiou para a próxima semana o anúncio do Plano Safra 2024/2025, inicialmente previsto para ser lançado nesta semana, informou o Palácio do Planalto nesta terça-feira, frustrando a expectativa do setor e provocando reação da bancada ruralista no Congresso.
O anúncio do Plano Safra ficou para o dia 3 de julho, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que participou de um encontro nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com o adiamento para a semana que vem, o anúncio do plano será realizado já com o ano safra em andamento, que começa em 1º de julho.
O governo normalmente anuncia o plano de financiamentos em junho, alguns meses antes do início do plantio da safra de soja, a principal cultura agrícola do país, que começa em meados de setembro.
Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e Fernando Haddad, da Fazenda, também estiveram reunidos com Lula mais cedo.
Questionado por jornalistas sobre os motivos do adiamento, Teixeira disse que o governo ganhou mais uma semana para a preparação do evento.
De acordo com a CNN Brasil, o adiamento se dá porque o governo não teria recebido confirmação da presença de produtores ao evento no Palácio do Planalto, em meio a insatisfações do setor.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reivindicou em abril ao governo um aumento de mais de 30% nos recursos para financiamentos do Plano Safra 2024/25 em relação ao ciclo passado, para 570 bilhões de reais.
Procurado, o Ministério da Agricultura não comentou o assunto imediatamente.
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) 'lamentou profundamente' o adiamento, apontando que ele se deve a uma 'total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal'.
'Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano', afirmou a frente na nota.
'O que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores', acrescentou a FPA.
(Por Ricardo Brito)
Escrito por Reuters
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