Gucci irá aceitar pagamento em criptomoedas
A novidade vale para as lojas da marca italiana nos Estados Unidos
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As criptomoedas estão dominando o mundo, e isso não é novidade, por isso, um dos ícones do luxo, a Gucci, abraçou essa tecnologia, permitindo que seus clientes fiéis comprem bolsas sofisticadas e outros produtos nesse mais novo formato, dando mais um passo para tornar as carteiras acessórios esquecidos.
Segundo comunicado da casa de moda, a partir do fim de maio, os clientes poderão usar tokens para pagar as compras nas lojas de Nova York, Los Angeles, Miami, Atlanta e Las Vegas. A marca de luxo se juntou com o estilista Philipp Plein, cuja loja online começou a aceitar pagamento com criptomoedas desde 2021.
A Gucci aceitará inicialmente 10 criptomoedas, incluindo Bitcoin, Bitcoin Cash, Ether e Dogecoin. A marca indica que até o fim do verão, todas as lojas nos Estados Unidos devem aceitar as criptos como meios de pagamento. Os pagamentos serão feitos por meio de um link enviado via e-mail para os clientes.
Segundo a agência Bloomberg, François-Henri Pinault, Ceo da Kering, a marca dona da etiqueta, disse em fevereiro que a marca e outras casas de moda como Balenciaga tinham equipes de inovação procurando oportunidades relacionadas ao metaverso e à web3, versões da internet construídas em torno da tecnologia blockchain, criptomoedas e tokens não fungíveis.
Ao adotar os pagamentos criptográficos, mostra como as empresas de luxo estão tentando atrair as gerações mais jovens de consumidores abrangendo e modernizando as tendências, como criar roupas para personagens digitais.
Apesar de uma grande marca como a Gucci estar se modernizando, nem todas as marcas estão convencidas a entrar neste novo universo. Axel Dumas, presidente executivo da Hermes, alertou no início deste ano sobre o risco de “hype” em torno do metaverso, dizendo que poderia ser uma maneira de ganhar “dinheiro fácil”, relata a Bloomberg.
A empresa se junta ao estilista Philipp Plein, cuja loja online começou a aceitar pagamentos com criptomoedas em 2021. Em uma entrevista no final de abril, Plein disse que espera que as compras feitas com tokens digitais aumentem este ano e que aceitar criptomoedas ganhou “muito” para sua empresa de novos clientes” na comunidade das criptomoedas.
O CEO da Kering, François-Henri Pinault, disse em fevereiro que a Gucci e outras casas de moda como Balenciaga tinham equipes de inovação procurando oportunidades relacionadas ao metaverso e à web3 – versões da internet construídas em torno de tecnologias como blockchain, criptomoedas e tokens não fungíveis (NFT, na sigla em inglês).
“Estamos em um estágio muito precoce do que pode acontecer, nada é certo”, afirmou Pinault na época. A abordagem adotada pela Kering e suas marcas é mais “testar e aprender” do que “esperar para ver”, disse ele, acrescentando que os pagamentos de criptomoedas têm implicações legais e fiscais “muito pesadas”.
A decisão de adotar os pagamentos em criptomoedas mostra como as marcas de luxo estão tentando atrair as gerações mais jovens de consumidores, atendendo a tendências emergentes, como, por exemplo, criar roupas para personagens no metaverso.
A Gucci gerou mais da metade da receita da Kering no primeiro trimestre deste ano. A casa de moda foi recentemente atingida por bloqueios na China, onde o governo lutou para conter o ressurgimento da Covid-19.
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