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Houthis prometem 'forte resposta' após novo ataque dos EUA

Placeholder - loading - Aeronave da Real Força Aérea britânica ao retornar de ataque contra alvos no Iêmen 12/01/2024 Sargento Lee Goddard/UK MOD/Divulgação via REUTERS
Aeronave da Real Força Aérea britânica ao retornar de ataque contra alvos no Iêmen 12/01/2024 Sargento Lee Goddard/UK MOD/Divulgação via REUTERS

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Por Idrees Ali e Phil Stewart e Mohammed Ghobari

WASHINGTON/ÁDEN (Reuters) - O movimento Houthi ameaçou uma 'resposta forte e efetiva' após os Estados Unidos realizarem outro ataque contra o Iêmen durante a noite, acirrando ainda mais as tensões e com Washington, que prometeu proteger navios dos ataques do grupo alinhado ao Irã.

Os ataques aumentaram a preocupação com uma escalada do conflito que se espalhou pela região desde que o grupo militante palestino Hamas e Israel entraram em guerra, com aliados do Irã em Líbano, Síria e Iraque também participando do confronto.

O mais recente ataque, que segundo os EUA atingiu um radar, foi realizado dias após dúzias de ataques norte-americanos e britânicos contra instalações dos Houthis no Iêmen.

'Esse novo ataque terá uma resposta firme, forte e efetiva', afirmou o porta-voz dos Houthis, Nasruldeen Amer, à Al Jazeera, acrescentando que não houve ferimentos ou 'danos materiais'.

Mohammed Abdulsalam, outro porta-voz Houthi, disse à Reuters que os ataques, incluindo o que atingiu uma base militar em Sanaa durante a noite, não teve um impacto significativo na capacidade do grupo de evitar que navios associados a Israel passem pelo Mar Vermelho e pelo Mar Arábico.

Hans Grundberg, enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iêmen, pediu máxima contenção neste sábado para 'todos os envolvidos' no Iêmen e alertou para uma situação cada vez mais precária na região.

Os Houthis dizem que sua campanha marítima tem o objetivo de apoiar os palestinos, sob um cerco e ataque de Israel em Gaza, governada pelo Hamas, que tem o apoio do Irã. Muitos dos navios que eles atacaram não tinham conexão conhecida com Israel.

O grupo, que controla Sanaa e grande parte do oeste e do norte do Iêmen, também usou drones e disparou mísseis em ataques contra Israel.

Mesmo com líderes Houthis prometendo retaliação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou na sexta-feira que pode ordenar mais ataques, se os militantes não pararem com a ofensiva contra navios comerciais e militares em uma das vias navegáveis mais economicamente importantes do mundo.

'Vamos assegurar que responderemos aos houthis se eles continuarem com esse comportamento ultrajante', disse Biden a repórteres.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que os primeiros ataques atingiram a capacidade dos Houthis de armazenar, lançar e guiar mísseis ou drones, que o grupo usa para ameaçar os navios. Afirmou que Washington não tem interesse em uma guerra com o Iêmen.

Os Houthis afirmaram que cinco soldados foram mortos nos primeiros ataques.

Biden, cujo governo retirou os Houthis da lista de 'organizações estrangeiras terroristas' do Departamento de Estado em 2021, foi questionado pelos repórteres se acha que o termo 'terrorista' descreve o movimento agora. 'Eu acho que eles são', disse.

(Reportagem de Phil Stewart, Idrees Ali e Nandita Bose, em Washington; Mohammed Ghobari e Reyam Mukhashef, em Áden; Enas Alashray e Mohammed Ghobari, no Cairo; Reportagem adicional de Daphne Psaledakis, Jonathan Landay e Kanishka Singh, em Washington; Andrew Mills, em Doha; Maher Hatem, em Dubai, e Elizabeth Piper, em Londres)

Escrito por Reuters

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