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IBP teme medidas intervencionistas do governo e cobra decisões técnicas do CNPE

Placeholder - loading - Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília 29/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília 29/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O IBP, principal representante do setor de combustíveis no país, teme a aprovação de medidas intervencionistas pelo governo em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) marcada para terça-feira, e defende decisões com base técnica pelo conselho de ministros, afirmou nesta segunda-feira a diretora de Downstream do instituto, Valéria Lima, em entrevista à Reuters.

Os temas que mais preocupam o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás envolvem a possibilidade de proibição de importação de biodiesel, antecipação do cronograma de adição obrigatória do biocombustível ao diesel fóssil e a determinação de cotas de combustíveis por refinadores para distribuidoras regionais.

No caso do biodiesel, o IBP defende a recente regulamentação da ANP que autoriza a importação de até 20% do volume de biodiesel necessário para cumprir o mandato de mistura ao diesel vendido nas bombas.

O setor produtor de biodiesel, por outro lado, afirma que o Brasil tem ampla capacidade produtiva ociosa e não precisaria de importações. Da mesma forma, defende que o CNPE, conselho de aconselhamento ao presidente da República, antecipe uma mistura maior do biocombustível no diesel, para ampliação da atividade da indústria nacional.

A regulamentação da importação de biodiesel, segundo o IBP, ocorreu 18 anos após a inauguração da primeira usina de biodiesel no Brasil, e o produto era o único combustível de origem renovável ou fóssil que tinha a sua importação vedada no Brasil.

Uma eventual decisão por vetar as compras externas, segundo Lima, cria reserva de mercado e elimina a possibilidade de alternativas de preço via importação.

'As nossas consultas junto ao executivo indicam que a questão (ligada ao biodiesel) é mais política do que técnica, e o IBP faz uma defesa técnica desse assunto. A gente gostaria que o CNPE considerasse o melhor tecnicamente para o país', disse Lima.

Ela destacou ainda que o Brasil pode importar óleo vegetal para produzir o biodiesel e exporta excedentes de biodiesel.

Sobre a antecipação do cronograma de mistura de biodiesel ao óleo diesel, Lima disse que o mercado precisa de previsibilidade e da clareza das regras.

Atualmente, resolução do CNPE de 20 de março determinou que o Brasil deve misturar 13% de biodiesel no diesel a partir de 1º de abril de 2024, subindo para 14% um ano depois e 15% em 2026. Segundo ela, o planejamento operacional dos agentes passa por diversas etapas para que o produto esteja disponível ao consumidor no local certo.

COTAS ÀS DISTRIBUIDORAS REGIONAIS

Outro tema que preocupa o IBP é a possibilidade de o governo determinar cotas mínimas de combustíveis a serem ofertadas pela Petrobras e outros agentes refinadores a distribuidoras regionais.

Em nota publicada nesta segunda-feira, o IBP disse que uma eventual medida nessa linha teria 'caráter de controle e intervenção em contratos, gerando insegurança jurídica para o exercício de uma atividade considerada de utilidade pública'.

O IBP representa as três principais distribuidoras nacionais de combustíveis -- Raízen, joint venture da Cosan com a Shell, Ipiranga, do Grupo Ultra, e Vibra Energia (ex-BR distribuidora).

Lima comentou que ainda não se sabe exatamente como que o governo avalia definir essas cotas e o que exatamente se pretende.

'A gente acha que é uma intervenção na atividade econômica. A ANP não pode forçar entes privados a venderem para outros... a gente não tem hoje um só refinador (a Petrobras) no país', disse Lima.

Para o IBP, eventuais alterações nas regras de funcionamento de um setor de grande complexidade como o de combustíveis precisam passar pelo devido processo de análise de impactos regulatórios, com ampla participação da sociedade.

(Por Marta Nogueira)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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