Indicados para liderança climática da UE são aprovados por parlamentares em comitê
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Por Kate Abnett
BRUXELAS (Reuters) - O comitê de Meio Ambiente do Parlamento Europeu aprovou o nome do ex-ministro das Relações Exteriores da Holanda, Wopke Hoekstra, para ser o próximo chefe de políticas contra as mudanças climáticas da União Europeia nesta quarta-feira, depois que os parlamentares obtiveram promessas adicionais dele para fortalecer as medidas ambientais do bloco.
Hoekstra e Maros Sefcovic, que é o indicado para liderar a coordenação geral das políticas ambientais da União Europeia, garantiram a aprovação de pelo menos dois terços dos membros do comitê.
O presidente do comitê, Pascal Canfin, disse que os parlamentares buscaram 'um compromisso claro de continuar cumprindo o Acordo Verde', referindo-se às políticas climáticas e ambientais gerais do bloco.
Os parlamentares conseguiram o suficiente, mas não tudo o que queriam, acrescentou Canfin.
Hoekstra seria o chefe das políticas contra as mudanças climáticas. Sefcovic estaria acima dele e coordenaria todas as políticas ambientais no geral -- sobre clima, energia, transporte, agricultura e meio ambiente.
Ambos não conseguiram ser aprovados em uma audiência no início desta semana, mas convenceram os parlamentares depois que Hoekstra fez promessas adicionais, incluindo a divulgação de quanto dinheiro da UE é gasto em subsídios aos combustíveis fósseis e a adoção de uma linha mais firme em discussões na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
Em um documento compartilhado com os parlamentares nesta quarta-feira e visto pela Reuters, Sefcovic também prometeu novos limites da UE para a poluição por microplásticos e regras de bem-estar animal neste ano, depois que alguns parlamentares acusaram Bruxelas de tentar engavetar discretamente as regras.
No entanto, ele não disse se e quando Bruxelas cumprirá as restrições prometidas sobre produtos químicos nocivos -- sugerindo que elas serão enterradas pelo menos até depois das eleições da UE em junho do próximo ano.
Os candidatos ainda precisam da aprovação formal da maioria de todo o Parlamento Europeu -- em uma votação na quinta-feira que, segundo alguns parlamentares, provavelmente aprovará as indicações, dado o apoio do comitê.
A agenda verde da Europa está enfrentando uma crescente resistência política, com alguns governos e parlamentares resistindo a propostas que aumentam os custos para os eleitores.
Escrito por Reuters
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