Investimentos: 5 dicas para investir em dólar em 2022
Confira em detalhes com o especialista André Ikeda
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Economia, desvalorização do real e preços elevados. Todos são fatores que contribuíram para o prato cheio de um ano caótico, no âmbito financeiro, para todos os brasileiros. Com tantos problemas relacionados ao dinheiro, seria uma boa hora para fazer investimentos? É que a Antena 1 aborda junto ao especialista na área, André Ikeda.
O momento que vivemos, com o aumento do dólar mostra que as coisas não andam bem, mas com ajuda de profissionais da área do investimento, esse momento pode ser uma oportunidade de investir. Talvez pareça um pouco contraditório, mas é por isso que contamos com a ajuda de um especialista.
Segundo estatísticas que acompanham a valorização do dólar em relação ao real, no ano de 2021, foi registrado um aumento de 6% da moeda americana quando comparada com a moeda brasileira. Junto com esses dados, os especialistas alertam que o motivo dos altos juros em um determinado país, aumenta a visibilidade de investimentos no local, mas totalmente voltado para uma renda fixa.
Partindo desse ponto, é possível considerar lucrar com uma moeda que está em uma crescente, quando comparada à outra. Isso, segundo o especialista André Ikeda, poderá virar uma tendência no mercado de investimentos, uma vez que ele incentiva para que aplicações em fundos imobiliários no mercado internacional seja uma alternativa. A saída para investimentos imobiliários no exterior será consumida pelos aspirantes envolvidos no meio financeiros e de ações.
“De um lado a mídia tende a dar muita atenção ao assunto após movimentos grandes já terem ocorrido, o que pode ser uma armadilha. Do outro, bancos, corretoras, e fundos exploram a pauta sem explicar bem os riscos, pois podem se beneficiar na venda de novos produtos”, explica Ikeda.
Pensando em achar uma brecha em meio a crise que é vivida em solo brasileiro, as 5 dicas para um bom investimento no dólar aguardam nossos antenados.
Confira as melhores dicas de investimento na moeda americana
1-Prazo de investimento
Com um investimento em outra moeda adiciona-se uma camada de risco: o risco da flutuação das moedas e o risco do investimento final, uma ação ou imóvel americano, por exemplo. Com isso, é importante que o investidor tenha um horizonte de tempo longo o suficiente, isto é, não exista necessidade do uso do capital no curto prazo. Dessa forma, este pode escolher um momento oportuno para a repatriação do capital, onde ambos o ativo final e o dólar estejam em situação favorável.
2-Ativo a ser investido
É importante definir qual será o ativo a ser investido: deve-se buscar o ativo financeiro correto para alocação final. Aqui, a recomendação em geral é buscar uma classe de ativos que não esteja disponível ao investidor no mercado brasileiro como forma de adicionar diversificação de risco.
3-Perfil do investidor
Quais seriam os melhores investimentos para se fazer em dólar? Essa pergunta vai ter uma resposta diferente para cada investidor. O objetivo é complementar o portfólio existente no Brasil e sempre diversificar o risco. Recomendamos a compra de ativos (financeiros ou não) que tenham uma baixa correlação com os ativos já existentes na carteira do investidor. Se um investidor já possui investimentos na Petrobras, por exemplo, ele deveria evitar empresas do setor de energia nos Estados Unidos. Além das ações, achamos válido explorar investimentos alternativos como o imobiliário e private equity, que oferecem oportunidades muito diferentes das disponíveis no mercado local.
4-Previsão de retorno
Embora estes possam acontecer, o investidor deve evitar buscar retornos rápidos em dólar, e estar preparado para investir o capital por um longo prazo. Porém existe um ponto importante que não pode ser ignorado que é a liquidez e o “cash flow” do investimento. Um investidor que busca um fluxo de caixa pode, hoje, facilmente montar um portfólio de ações americanas líquidas e que pagam bons dividendos. Outra opção para quem busca cash-flow é investir no mercado imobiliário via REITs. Estes são semelhantes aos FIIs aqui do Brasil e podem ser uma boa escolha para investidores menores, que não têm acesso aos projetos privados no mercado imobiliário americano.
5-Complexidade legal e tributária
Um investidor sem grande capital deve evitar produtos com alta complexidade legal e tributária. O caminho mais fácil é a compra de ações listadas no mercado americano, seja diretamente ou via uma BDR. É importante buscar empresas com pouca correlação com os ativos brasileiros. Para os investidores mais sofisticados, vale também estudar a estrutura do negócio das empresas - o mercado americano em específico possui muitas empresas de atuação global. Muitas destas auferem mais lucro no exterior do que no mercado local americano, e podem ser lesionadas em um cenário de dólar forte, por exemplo. Investir nesse tipo de empresa não seria a melhor forma de apostar em um dólar alto.
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