John Lennon completaria 81 anos: relembre sua história e maiores sucessos
Mesmo há 41 anos da morte do fundador dos Beatles, seu legado artístico marcou a história
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John Lennon, ou John Winston Lennon - em homenagem a Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido - é mais conhecido por ter sido o co-fundador, junto com Paul McCartney, da considerada maior banda de todos os tempos: The Beatles.
Mas, o artista nascido no dia 9 de outubro de 1940 em Liverpool, Inglaterra, também foi ativista pela paz; dono de uma célebre carreira solo, de inúmeras canções e composições; membro de uma dupla musical com sua segunda esposa, Yoko Ono; escritor e desenhista.
John Lennon sempre teve um dom para as artes, demonstrando sensibilidade em sua forma de olhar para o mundo, mas foi, acima de tudo, pela música que ele se apaixonou.
A Antena 1 te convida para uma jornada através da carreira, vida e morte de um dos maiores músicos da contemporaneidade.
Ah! Fique conosco até o final dessa viagem musical para uma lista das 10 canções preferidas de John Lennon pela nossa equipe.
The Beatles
Em 1956, em sua cidade natal, o então estudante John Lennon fundou sua primeira banda de rock, a The Quarrymen, nome que fazia alusão à Quarry Bank High School, onde estudavam os integrantes do grupo.
Em uma das apresentações do conjunto, o impressionado Paul McCartney começou a se aproximar do vocalista, guitarrista e líder. A conexão entre os dois, através de ambições e gostos musicais semelhantes, foi inevitável; assim, McCartney foi convidado a participar da banda, trazendo consigo seu amigo e guitarrista, George Harrison.
Em 1960, em uma apresentação do conjunto na cidade de Hamburgo, Alemanha, conheceram Ringo Starr, que logo passou a fazer parte do grupo. Então, com Lennon nos vocais, Paul no baixo, Harrison na guitarra e Starr na bateria - Lennon e McCartney compunham as letras das músicas em conjunto - estava formada a maior banda da história, The Beatles. Mas eles ainda não sabiam disso.
Foi em 1961, também na cidade alemã, que o quarteto conheceu Brian Epstein, com quem assinou um contrato em janeiro de 1962. O empresário foi responsável por conseguir um selo de uma das gravadoras mais conhecidas e de maior sucesso na época, a EMI, que também trabalhava com artistas como Frank Sinatra, Nat 'King' Cole, Pink Floyd e Queen.
Após inúmeras premiações e sucessos icônicos e inesquecíveis como “Please Please Me” (1963), “A Hard Day 's Night” (1964), “Help!” (1965), “All You Need Is Love” (1967) e “Yellow Submarine” (1968), o lançamento de “Let it Be”, em 1970, marca o ano do anúncio do fim dos Beatles.
Carreira Solo e outros trabalhos
No fim da década de 60, Lennon e McCartney já trabalhavam em alguns projetos solo paralelos à banda, que passava por problemas internos. Na década de 1960, Lennon publicou dois livros: In His Own Write (1964) e A Spaniard in the Works (1965), ambos de literatura nonsense, “sem sentido” em português, ilustrados pelos desenhos do cantor.
Em 1969, Lennon começou a Plastic Ono Band com sua segunda esposa, Yoko Ono, com quem se casou no mesmo ano. Quando ainda estava na banda, o artista havia divulgado três álbuns experimentais, mas foi em 1970 que foi lançado o disco de estreia do cantor após o fim dos Beatles: “John Lennon/Plastic Ono Band”.
E foi durante esse projeto que o artista lançou sucessos como "Give Peace a Chance", "Instant Karma!", "Imagine" e "Happy Xmas (War Is Over)". Também em 1969, Lennon liderou uma série de protestos pela paz conhecidos como Bed-Ins for Peace.
Após se mudar para Nova York, EUA, em 1971, a veia ativista do cantor ficou ainda mais evidente, e seu criticismo à Guerra do Vietnã (1955-1975) resultou em um Richard Nixon, presidente dos EUA à época, obcecado com a sua figura.
Para o governante, o ex-Beatle começava a ser visto como rosto do movimento "anti guerra do Vietnã”, que dividia a opinião pública do povo estadunidense. Assim, Nixon encarregou o então chefe do FBI, J. Edgar Hoover, a coletar provas capazes de incriminar Lennon e iniciar um processo de extradição dos EUA.
A longa tentativa no final do primeiro dos dois mandatos do presidente de deportá-lo não foi bem sucedida. O caso, porém, rendeu o documentário "Os Estados Unidos contra John Lennon", lançado em 2006.
Também em 1971, o artista lançou seu segundo álbum solo de estúdio, Imagine, que atingiu o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e Inglaterra. A discografia de sua carreira solo, porém, inclui mais seis álbuns: Some Time in New York City (1972), Mind Games (1973), Walls and Bridges (1974), Rock ‘n’ Roll (1975), Double Fantasy (1980).
Aqui vai uma lista com os maiores destaques da carreira solo do ex-Beatle:
- John Lennon teve 25 canções número um na parada musical da Billboard Hot 100.
- Double Fantasy foi seu último álbum e também o mais vendido, vencendo o Grammy Award para Álbum do Ano logo após sua morte em dezembro de 1980.
- Em 1982 o Brit Award de Contribuição Excepcional à Música foi concedido a ele postumamente.
- Em 1987 ele foi incluído no Songwriters Hall of Fame.
- Em 2002 o artista foi eleito o oitavo maior britânico de todos os tempos pela British Broadcasting Corporation.
- A revista Rolling Stone elegeu Lennon como o quinto melhor cantor da história, incluindo-o na lista dos cem maiores artistas de todos os tempos
O ícone mundial da música ainda foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame por duas vezes: como membro dos Beatles, em 1988, e como artista solo, em 1994.
O assassinato de John Lennon
John Lennon foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, poucos dias depois de ter lançado o álbum “Double Fantasy”. O artista foi atingido por 4 balas numa segunda-feira, por volta das 22h, em frente à sua casa, o Edifício Dakota, em Nova York.
Os tiros foram desferidos por Mark David Chapman, que tinha 25 anos na época e dizia ser um “grande fã” de John Lennon. Foi dito que o assassino visitava o prédio do astro várias vezes para perguntar sobre ele.
Chapman nunca negou cometer o crime, porém alegou que o assassinato ocorreu após “ouvir vozes”- ele nunca foi diagnosticado com doenças mentais.
O responsável pela morte de Lennon era um admirador do artista e dos Beatles, mas as coisas mudaram quando Chapman começou a ter fortes crenças religiosas, passando a desprezar músicas como “God” (1970), em que o cantor afirma não acreditar em Jesus ou na Bíblia, descrevendo Deus como um conceito.
"Escutava essa música e ficava bravo com ele por dizer que não acreditava em Deus... E que não acreditava nos Beatles. Isso foi outra coisa que me enfureceu, mesmo o disco tendo sido lançado pelo menos 10 anos antes. Queria gritar bem alto 'Quem ele pensa que é para dizer essas coisas sobre Deus, o paraíso e os Beatles?' Dizer que não acredita em Jesus e coisas assim. Naquele ponto, minha mente estava passando por uma escuridão de raiva e ira.", declarou o criminoso em depoimento.
Mas não foi apenas a letra de “God” que fez Chapman odiar Lennon. O lançamento de Imagine também causou efeito similar: “Ele nos disse para imaginarmos que não existem posses (ou "bens materiais", na frase "Imagine no possessions") e lá estava ele, com milhões de dólares, iates, fazendas e mansões, rindo de pessoas como eu, que acreditaram em suas mentiras, compraram os discos dele e alicerçaram boa parte de suas vidas com as músicas dele."
Mark Chapman foi condenado à prisão perpétua, com a possibilidade de condicional a partir de 2000. A partir de então, a cada dois anos ele entra com pedidos de liberdade condicional, sempre negados pelo conselho estadual de liberdade condicional de Nova York.
Após a morte de John Lennon, a natureza rebelde e sensível do artista ficou ainda mais icônica e sua obra e talento foram eternizados.
Várias músicas inéditas, reunidas por Yoko Ono, compuseram seu álbum póstumo: “Milk and Honey” (1984).
Em homenagem ao que seria o aniversário de 81 anos de John Lennon, a Antena 1 reuniu os 10 maiores sucessos da carreira do artista:
Imagine (1971)
BEAUTIFUL BOY (DARLING BOY)
Oh Yoko
Give Peace a Chance (1975)
Power To The People
Woman (1980)
BE-Bop-A-Lula
Mind Games (1973)
Stand By Me (1975)
SALA DE BATE PAPO