Judy – Crítica
Cinebiografia de Judy Garland leva Renée Zellweger de volta ao estrelado
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Musicais, filmes de guerra e cinebiografias são alguns dos temas favoritos de Hollywood. Dois anos após o sucesso de Bohemian Rhapsody e um ano desde Rocketman, Judy mostra que a indústria está longe de se despedir das cinebiografias.
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No longa, assistimos à história da atriz norte-americana Judy Garland, que cresceu praticamente trancada nos estúdios de filmagens e as sequelas deixadas durante todo o resto de sua vida.
Já era sabido que Judy havia vivido momentos aterrorizantes nos sets de filmagens, não podendo sequer comer e sendo apresentada à remédios desde criança. Pílulas para amenizar a fome, pílulas para dormir, pílulas para não dormir...
E, se tal relato já tocava multidões ao redor do mundo, a interpretação de Renée Zellweger traz o peso da sensação de impotência para cada um sentado nas poltronas do cinema. Darci Shaw, que dá vida à Judy adolescente, também transmite com facilidade a vontade de ser uma jovem comum e o medo de perder oportunidades.
Diferente do que estamos acostumados a ver na grande maioria das cinebiografias, aqui temos uma mulher real, que não consegue se livrar dos fantasmas do passado. Judy tem falhas, erra constantemente, tem defeitos e é isso que a torna real e conquista a empatia do público.
E, apesar do figurino e maquiagem estonteantes, cheios de cores e vida, é Zellweger quem carrega o filme. Não era para menos, sua atuação aqui marca seu retorno para Hollywood. A atriz tem feito a festa durante a temporada de premiações, e o Oscar por sua performance é certo.
Com momentos de destaque para o encontro com o jovem casal de fãs e a inesquecível Somewhere Over the Rainbow, o longa emociona ao entregar uma história real sobre uma das maiores estrelas que já existiu.
Judy está em cartaz em cinemas brasileiros selecionados. Assista ao trailer do longa abaixo:
SALA DE BATE PAPO