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Kremlin diz que entrada de Ucrânia e Moldávia na UE pode desestabilizar bloco

Placeholder - loading - Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em Astana  9/11/2023  Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS
Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em Astana 9/11/2023 Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS

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MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse nesta sexta-feira que a decisão da União Europeia de abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia foi uma decisão politizada que poderia desestabilizar o bloco, e elogiou a Hungria por se opor à medida.

'As negociações para entrar na UE podem durar anos ou décadas. A UE sempre teve critérios rigorosos para a adesão e é óbvio que, no momento, nem a Ucrânia nem a Moldávia atendem a esses critérios', disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.

'Está claro que essa é uma decisão absolutamente politizada, o desejo da UE de demonstrar apoio a esses países. Mas esses novos membros podem desestabilizar a UE e, como vivemos no mesmo continente que a UE, é claro que estamos observando isso de perto.'

Em uma reunião de cúpula na quinta-feira, os líderes da UE concordaram em abrir negociações de entrada com a Ucrânia, apesar de o país estar no meio de uma guerra que a Rússia diz que continuará até atingir seus objetivos.

Outros líderes contornaram as objeções do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, fazendo com que ele saísse da sala enquanto davam o passo histórico -- um ponto que Peskov destacou com ironia.

'Esperar que alguém saia para tomar um café, para que, na sua ausência, eles possam impor alguma decisão -- se isso for verdade, então essa é uma prática única', disse ele.

Na mesma reunião, a UE concordou em conceder à Geórgia -- que, assim como a Ucrânia e a Moldávia, já fez parte da União Soviética -- o status de candidata a membro.

Peskov disse que essa também foi uma decisão politizada.

'Para nosso pesar, muitas vezes o desejo (da UE) de demonstrar essa vontade política é ditado, em muitos aspectos, pelo desejo de irritar ainda mais a Rússia e antagonizar a UE em relação à Rússia', disse ele.

A cúpula não conseguiu chegar a um acordo sobre um pacote de ajuda financeira de 50 bilhões de euros para Kiev devido à oposição da Hungria.

'A Hungria tem seus próprios interesses. E a Hungria, ao contrário de muitos outros países da UE, defende firmemente seus interesses, o que nos impressiona', disse Peskov.

(Reportagem da Reuters)

Escrito por Reuters

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