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Kremlin diz que está surgindo um 'vácuo' no controle de armas

Placeholder - loading - Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva em Samarkand, no Uzbequistão 16/09/2022 Sputnik/Sergey Bobylev/Pool via REUTERS
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva em Samarkand, no Uzbequistão 16/09/2022 Sputnik/Sergey Bobylev/Pool via REUTERS

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MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse nesta segunda-feira que um 'vácuo' está surgindo na área de controle de armas como resultado das relações ruins entre vários países e disse que a Rússia não era culpada pela situação.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondia a uma pergunta sobre a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de 'denunciar' formalmente um tratado de controle de armas que remonta ao fim da Guerra Fria.

'(...) nessa área de controle de armas, de estabilidade estratégica, um grande vácuo está se formando agora, é claro, que idealmente seria preenchido com urgência por novos atos de direito internacional para regular essa situação', disse Peskov em uma coletiva de imprensa regular.

'Isso é do interesse de todo o mundo. Mas, para que isso aconteça, precisamos de relações bilaterais de trabalho com toda uma série de Estados que, no momento, estão faltando', disse ele, acrescentando que isso 'não é culpa nossa'.

O Tratado sobre Forças Convencionais na Europa (CFE), de 1990, impôs limites à implantação de equipamentos militares no continente. A Rússia suspendeu sua participação no tratado em 2007 e 'interrompeu completamente' sua participação em 2015.

Putin assinou um decreto este mês denunciando simbolicamente o tratado após um debate e votação no Parlamento russo sobre o assunto.

Recentemente, a Rússia suspendeu vários acordos de controle de armas com países ocidentais, incluindo o tratado Novo START, que regulamenta a proliferação nuclear, e começou a transferir armas nucleares táticas para a vizinha Belarus.

As relações entre Moscou e os países ocidentais caíram para o nível mais baixo desde a Guerra Fria depois que Putin enviou dezenas de milhares de tropas russas para a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, no que ele diz ser uma 'operação militar especial' para proteger a própria segurança da Rússia contra as autoridades pró-ocidentais em Kiev.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais dizem que as ações da Rússia constituem uma guerra de agressão não provocada com o objetivo de tomar território.

(Reportagem da Reuters)

Escrito por Reuters

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