Mais de 50% das empresas vão manter mudanças adotadas na pandemia, diz estudo da FGV
Home office, criação de novos produtos e vendas online estão entre as principais medidas adotadas
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Quase 90% das empresas brasileiras implementaram mudanças no seu modo de funcionamento durante a pandemia do novo coronavírus. Os dados constam de um levantamento recente publicado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
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A pesquisa também mostrou que mais da metade das companhias (56%) vão fazer a manutenção parcial ou total das mudanças nos próximos meses. Apenas 27% avaliam que elas serão temporárias, enquanto 17% ainda analisam a questão.
O home office foi adotado por 83% para a realização de atividades administrativas, ao passo que 20% usaram o sistema em ações operacionais. Novos produtos ou serviços também foram desenvolvidos por 18% das empresas.
No caso do comércio, os vendedores online se tornaram a maioria após a pandemia. Antes da crise global, 47% do varejo já realizava pelo menos parte das suas vendas por canais online. Agora, as atividades comerciais pela internet cresceram para 62%, sendo que 38% continuaram restritas às vendas em lojas físicas.
“Isso não é só no Brasil, está acontecendo no mundo inteiro. Houve uma aceleração dos processos de automatização, do home office, do comércio eletrônico. Foi algo bastante desafiador, principalmente para médias e pequenas empresas. Vinha crescendo, e a pandemia acelerou mudanças que aconteceriam a longo prazo”, comentou uma das pesquisadoras do Ibre/FGV responsáveis pelo estudo, Viviane Seda Bittencourt, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
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