Mark Zuckerberg decide permitir notícias falsas no Facebook durante eleição nos EUA
Muitos políticos dos EUA criticaram duramente a decisão.
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O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que permitirá anúncios políticos na rede social sem verificar se eles são verdadeiros ou não. Segundo o portal de notícias R7, a decisão causou reação imediata nos Estados Unidos.
Zuckerberg disse em seu pronunciamento que não é responsabilidade do Facebook investigar a veracidade das publicações. Caberia, segundo o CEO, ao eleitor decidir qual candidato merece credibilidade.
A democrata Hilary Clinton disse, através de sua conta no Twitter, que a decisão é “assustadora” e questionou o Facebook. Já a equipe de Joe Biden disse ser inaceitável que qualquer empresa de mídia social permita a divulgação de conteúdo falso.
Brad Parscale, gerente da campanha de reeleição do presidente republicano Donald Trump, disse que a proibição é "mais uma tentativa da esquerda de silenciar Trump e os conservadores".
Até os próprios funcionários do Facebook discordam dessa política recentemente anunciada. Por isso, eles se juntaram e redigiram uma carta pedindo que a empresa reformasse suas políticas de publicidade. “Liberdade de expressão e expressão paga não são a mesma coisa”, escreveram.
As campanhas eleitorais para as eleições de 2020 nos Estados Unidos devem gastar o equivalente a quase R$ 5 bilhões em publicidade digital.
O Facebook declarou que a decisão de permitir que notícias falsas circulem no feed de seus usuários também vale para o Reino Unido. Por lá, haverá uma eleição geral já neste ano.
O Twitter, por outro lado, decidiu banir anúncios políticos da rede social, sob o argumento que o alcance dessas mensagens deve ser “conquistado, não comprado”.
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