Mark Zuckerberg na mira do Congresso dos EUA
Confira como foi o depoimento do CEO aos parlamentares que estão amplamente insatisfeitos com as políticas da rede social
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Um dos fundadores e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, se reuniu com o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Estados Unidos, na última quarta-feira, dia 23 de outubro. Foram mais de seis horas de testemunho. O foco era a moeda digital, Libra, mas segundo o jornal inglês, 'The Guardian', outros assuntos estiveram em pauta, como viés político, e escândalos de privacidade, incluindo o da Cambridge Analytica. Os políticos conseguiram aproveitar a aparição não muito comum da figura no órgão.
A presidente do Comitê, Maxine Waters, criticou duramente a política de anúncios da rede social por permitir discurso praticamente irrestrito, que admite interferências em eleições estrangeiras, violações de privacidade e discriminação.
Quanto à libra, muitos parlamentares não enxergam isso com bons olhos. Maxine, por exemplo, destacou que a moeda pode se tornar vulnerável ao abuso de privacidade e ainda há a possibilidade de prejudicar a segurança nacional do país, abrindo portas para atividades ilícitas, sendo uma espécie de canal para que os criminosos façam movimentos financeiros.
Ainda segundo publicação do ‘The Guardian’, o congressista democrata, Brad Sherman da California, disse que o projeto tem mais chances de ajudar traficantes e outros indivíduos com o intuito de burlar o sistema financeiro tradicional.
Do lado democrata ainda há inúmeras queixas à política da empresa, eles acreditam que a companhia, dona do Whatsapp, Instagram, detém uma espécie de monopólio da tecnologia.
Além disso, vale lembrar, que mais de 40 procuradores de várias partes dos Estados Unidos apoiam a investigação antitruste liderada pela promotoria de Nova York, ou seja, o processo pode expandir, ganhando quase todo o país.
O Congresso se mostrou bastante insatisfeito com a empresa de Mark, devido aos inúmeros acontecimentos negativos nos últimos anos. Waters, também, mencionou outro ‘fator perigoso’ que parece estar de volta anos depois de atrapalhar o pleito de 2016: a interferência de ‘’malfeitores estrangeiros’’. Ela citou a presença de mais um grupo que estava pronto para atuar novamente, possivelmente nas eleições americanas de 2020: a rede de internacional, que recentemente, foi desarticulada, envolvendo perfis da Rússia, Irã e China, o time tinha o intuito de realizar manipulações, por meio da rede social.
Outros parlamentares dessa vez republicanos, também, criticaram a política da mídia social, relacionada, por exemplo, à exploração infantil online.
Por fim, Mark, parece, realmente, não ter conseguido convencer os deputados norte-americanos.
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