Máscaras cirúrgicas e o coronavírus
Especialistas afirmam que a proteção pode evitar, mas não é totalmente eficaz contra o vírus propagado no ar
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Subiu para 170 o número de mortes pelo coronavírus, na China. A maior parte dos óbitos foi registrada na província de Hubei, na capital Wuhan. As autoridades chinesas confirmaram o primeiro caso no Tibete, a única região do país que não havia sido afetada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são quase 8 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus na China e em mais 15 países.
O Brasil já tem 9 casos suspeitos de coronavírus. As investigações da doença acontecem em São Paulo; Minas Gerais; Rio de Janeiro; Paraná; Santa Catarina; e no Ceará.
De acordo com o Ministério da Saúde, os pacientes estão passando por testes genômicos para uma possível confirmação da doença.
Uma das imagens mais vistas, ultimamente, são pessoas com máscaras cirúrgicas. Geralmente, a proteção é usada em muitos países para prevenir infecções e altos níveis de poluição.
Porém, a máscara está sendo utilizada contra o novo coronavírus. Como se trata de um surto e uma doença altamente transmissível, a pergunta é: a proteção é realmente eficaz para evitar o vírus, que é propagado no ar?
Em entrevista à BBC NEWS, o pesquisador David Carrington, da Universidade de Londres de St. George, afirmou que as máscaras cirúrgicas não são capazes de proteger vírus e bactérias transportados no ar.
Isso acontece, porque a proteção não possui filtro de ar e deixa os olhos expostos. No entanto, podem ajudar a diminuir o risco de contrair a doença, por meio, do espirro ou tosse de uma pessoa contaminada.
Já o setor de virologia molecular da Universidade de Nottingham, também na Inglaterra, concluiu que as máscaras faciais podem ser tão boas na prevenção de infecções por vírus quanto um respirador específico.
O teste foi realizado em um hospital, onde estudiosos controlaram o resultado da transmissão de patologias.
De acordo com os pesquisadores, os respiradores com filtro de ar especializado são feitos, especificamente, para a prevenção de partículas transportadas pelo ar.
Especialistas da Public Health England, no Reino Unido, afirmam que há, de fato, poucas evidências de benefício generalizado do uso de máscaras cirúrgicas fora do ambiente clínico. Para uso, a proteção deve que ser trocada com frequência.
Estudiosos do Instituto Wellcome-Wolfson de Medicina Experimental, na Universidade de Queen's University em Belfast, orientam que a melhor forma de se proteger contra qualquer vírus é cobrindo a boca enquanto espirra, lavar as mãos e não as colocar na boca antes de lavá-las.
As máscaras cirúrgicas surgiram no final do século 18, mas só foram usadas nas ruas após um surto de gripe que se iniciou na Espanha, em 1919, matando 50 milhões de pessoas.
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