Medicamento de cannabis para epilepsia é aprovado na Europa
O medicamento trata duas formas raras da doença.
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A União Europeia aprovou, pela primeira vez, o uso de um produto medicinal de cannabis destinado a pacientes com duas formas raras, mas graves, de epilepsia infantil.
O Epidyolex foi aprovado para uso no Reino Unido e em outros países europeus, mas o NHS atualmente não o recomenda. Alguns pais, inclusive, preferem alternativas sem o componente vindo da maconha.
No mês passado, o Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido (NICE, na sigla em inglês) tomou uma decisão inicial de não recomendar a prescrição da droga devido à falta de evidências de eficácia ao longo prazo. A orientação final, no entanto, deve ser dada no final deste ano.
O que é Epidyolex?
O medicamento não contém nenhum componente psicoativo da cannabis, um composto chamado tetra-hidrocanabinol (THC).
O Epidyolex foi aprovado como uma opção de tratamento para crianças a partir de dois anos com síndrome de Lennox-Gastaut ou síndrome de Dravet – condições difíceis de tratar que podem causar múltiplas convulsões por dia.
O medicamento, desenvolvido pela GW Pharmaceuticals, será usado em combinação com outro medicamento para epilepsia chamado clobazam.
E quanto a outros produtos de cannabis medicinal?
Existem muitos produtos de cannabis medicinal diferentes. O uso de aqueles que continham THC foi legalizado em todo o Reino Unido em novembro de 2018. Estes tratamentos podem ser prescritos apenas por médicos especialistas em um número limitado de circunstâncias em que outros medicamentos falharam.
O que dizem os especialistas?
Ley Sander, diretor médico da Epilepsy Society e professor de neurologia da University College London, disse que o novo medicamento “trará esperança para algumas famílias e a aprovação da UE parece um passo positivo. A cannabis medicinal, no entanto, ainda permanece um campo minado médico e existem muitos obstáculos pela frente”.
"O CBD não foi recomendado pelo NICE para prescrição no NHS. É importante que a indústria farmacêutica continue trabalhando com o órgão consultivo médico para garantir que os medicamentos sejam rentáveis ??e que seus efeitos a longo prazo sejam claros".
As informações são da BBC News.
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