Ministro do Trabalho defende desonerar folha de pagamento e cobrar no faturamento
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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta terça-feira a desoneração da folha de pagamento e uma tributação sobre o faturamento das empresas, o que pode ser discutido no âmbito da reforma tributária.
'Em relação ao debate onerar ou desonerar a folha de pagamento, ela passa por um debate estratégico em relação ao papel da Previdência. Eu pessoalmente tenho uma simpatia em substituir a oneração da folha por onerar o faturamento', disse Marinho ao deixar almoço com integrantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
O ministro do Trabalho argumentou que atrelar a desoneração à folha 'sacrifica em demasia as empresas que têm um forte impacto de mão de obra', e fez questão de dizer que tal transição ocorreria de forma 'equilibrada', com cautela, e de forma gradativa.
'Tem que ser um debate conjunto das atividades econômicas', defendeu.
Também nesta terça, o relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defendeu, após reunião do grupo de trabalho da reforma na Casa, que a discussão da desoneração leve em conta a premissa de não elevação da carga tributária.
Aguinaldo, que participou de reunião do grupo de trabalho para decidir as audiências a serem realizadas a partir da quarta-feira, deixou claro que o governo será ouvido sobre o tema, mas destacou que qualquer solução precisa levar em conta a ideia de não aumentar a carga tributária.
'Vai caber a ele, como governo, apresentar para o grupo de trabalho e nós, como relator, construirmos essa proposta dentro de uma viabilidade que tem princípio o não aumento de carga tributária', disse Aguinaldo a jornalistas.
'Evidentemente que o governo, tendo priorizado (a reforma) vai participar dessa discussão ativamente para definir exatamente o que cabe e o que não cabe dentro da reforma.'
A desoneração da folha de pagamento atualmente em vigor beneficia 17 setores da economia com alíquotas especiais e encerra-se em dezembro deste ano.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Escrito por Reuters
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