Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Money For Nothing e A Ironia da Fama

Conheça a história por trás da música do Dire Straits, causadora de muita polêmica

Placeholder - loading - Imagem/distribuição
Imagem/distribuição
Ver comentários

Publicada em  

"I want my MTV". Provavelmente você leu essa frase cantando – a expressão icônica, cantada por Sting em parceria com o Dire Straits, é uma das mais famosas da história do rock.

Money For Nothing”, presente no álbum "Brothers in Arms" de 1985, alcançou o quarto lugar nas paradas do Reino Unido, terra natal da banda. O disco, por si só, foi o mais vendido da época no local. No entanto, o grande sucesso veio acompanhado de grandes polêmicas por conta de sua letra.

Inspiração

A ideia para a música veio de uma visita de Mark Knopfler e John Illsley, baixista do Dire Straits, a uma loja de eletrodomésticos em Nova York. Acontece que todas as televisões estavam ligadas no canal MTV que, à época, era extremamente aclamado entre os artistas.

Lá, observaram um homem vestindo roupas simples e expressando frustração por não ter aprendido a tocar um instrumento musical, acreditando que isso o livraria do trabalho braçal. Para ele, os músicos eram as pessoas verdadeiramente felizes, pois alcançavam sucesso facilmente e ganhavam dinheiro sem esforço.

Essa observação inspirou Knopfler a criar uma crítica social, retratando a visão distorcida do homem sobre a indústria musical e a desvalorização do trabalho manual.

Videoclipe

Em 1985, a MTV se consolidava como um novo canal de televisão que revolucionava a forma como o público consumia música. As bandas investiam em videoclipes para apresentar suas músicas e contar histórias, muitas vezes com a participação de atores. O Dire Straits, no entanto, optou por um caminho completamente diferente do convencional.

Para o videoclipe de "Money for Nothing", a banda utilizou computação gráfica de última geração. Por mais que hoje o videoclipe pareça extremamente primitivo em termos de tecnologia, ele foi extremamente inovador para a época. O processo foi liderado por Steve Barron, diretor conhecido por criar o icônico videoclipe de "Take On Me" do A-ha. O resultado foi um espetáculo visual que impressionou o público e rendeu à banda o prêmio de "Melhor Vídeo" no VMA de 1986.

Polêmica

Apesar do sucesso do videoclipe, a música gerou polêmica por conta da utilização da palavra "faggot", termo pejorativo em inglês para se referir à comunidade LGBTQIAP+. Em entrevista à Rolling Stone, Mark Knopfler explicou que a música é narrada da perspectiva de um personagem fictício, "um homem ignorante que vê tudo em termos financeiros". O personagem foi inspirado no homem que Knopfler e Illsley observaram na loja de eletrodomésticos.

Diante da polêmica, a CBSC solicitou a criação de uma versão editada da música, substituindo a palavra "faggot" por outra. Em algumas emissoras, a palavra foi substituída por "mother", enquanto outras simplesmente eliminavam essa estrofe da canção. Os próprios Dire Straits, em algumas coletâneas como "Sultans of Swing: the Very Best of Dire Straits" (de 1998), optaram por incluir uma versão editada onde essa estrofe não era mais cantada. Vale ressaltar que essa mudança não era obrigatória, e algumas rádios continuaram a tocar a versão original. Knopfler, reconhecendo o caráter ofensivo do termo, concordou com a mudança e afirmou que a mensagem da música seria transmitida mesmo com a alteração.

Ao longo dos anos, a banda utilizou diferentes termos em apresentações ao vivo para substituir "faggot". No Live Aid de 1985, por exemplo, cantaram "queenie". Mais recentemente, Knopfler optou por "mother" em apresentações como a Down The Road Wherever Tour de 2019.


Veja também:

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM MARK KNOPFLER

#TBT: EM 1985, O DIRE STRAITS CHEGOU AO TOPO DA PARADA AMERICANA COM “BROTHERS IN ARMS”

Imagem de conteúdo da notícia "Money For Nothing e A Ironia da Fama" #1
Toque para aumentar

Descontos especiais para distribuidores




Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

Lady Gaga fez história no Coachella 2025 com um espetáculo que mais parecia uma ópera pop moderna: teatral, dividido em cinco atos e com estética gótica. As apresentações nos dias 11 e 18 de abril foram marcadas pela estreia ao vivo de músicas do álbum Mayhem, além de clássicos como “Poker Face”, “Born This Way” e “Bad Romance”.

Mas se o tempo de palco no festival americano foi limitado a 90 minutos, os fãs brasileiros podem se preparar para um programa bem mais amplo no show gratuito em Copacabana, neste sábado (3 de maio). A expectativa é de que a performance de Lady Gaga no Rio de Janeiro dure até 2h30, com inclusão de músicas que ficaram de fora do set original, como sucessos de Chromatica, Artpop e Joanne.

Como foi o show no Coachella

Com coreografia de Parris Goebel e direção artística repleta de simbolismos visuais, Gaga apresentou um roteiro em cinco blocos distintos, alternando momentos de tensão, euforia, introspecção e catarse.

Uma experiência em cinco atos

Confira a setlist completa do Coachella, com a origem de cada música:

Ato I – Of Velvet and Vice

Ato II – And She Fell Into a Gothic Dream

Ato III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name

Ato IV – To Wake Her Is to Lose Her

Finale – Eternal Aria of the Monster Heart

Essa estrutura foi mantida em ambas as apresentações no festival, com pequenas variações em elementos visuais e interações com o público. Por exemplo, na primeira apresentação, Gesaffelstein, produtor e DJ francês conhecido por sua estética sombria e minimalista no techno e electro, participou ao vivo da performance de “Killah”. A música faz parte do novo álbum da cantora, Mayhem, e é uma colaboração entre os dois artistas.

Elementos Teatrais e Visuais

A ópera pop tem direção criativa de Parris Goebel, conhecida por seu trabalho com artistas como Rihanna e Doja Cat, e incorporou elementos teatrais, como mudanças de figurino dramáticas, cenários góticos e coreografias elaboradas, criando uma experiência imersiva para o público.

Destaques visuais incluíram uma batalha de xadrez encenada durante "Poker Face", onde os dançarinos representavam peças do jogo, e a transformação do palco em um cenário verdejante durante "Garden of Eden", com Gaga tocando guitarra.

O que esperar do show no Rio de Janeiro?

Para a apresentação gratuita na praia de Copacabana, Lady Gaga deve manter o núcleo teatral de Mayhem, mas há grande expectativa por um show mais longo e afetivo. Com liberdade de tempo e público local engajado, faixas como:

11 H
  1. Home
  2. noticias
  3. money for nothing e a ironia …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.