Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Nem velozes nem furiosos: países têm reação comedida à eleição na Venezuela

Placeholder - loading - Membros da Guarda Nacional Bolivariana prendem manifestante que protestava contra os resultados da eleição presidencial na Venezuela em Caracas 30/07/2024 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Membros da Guarda Nacional Bolivariana prendem manifestante que protestava contra os resultados da eleição presidencial na Venezuela em Caracas 30/07/2024 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Marianna Parraga e Matt Spetalnick e Lisandra Paraguassu

HOUSTON/WASHINGTON/BRASÍLIA (Reuters) - Mais de duas semanas depois que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reivindicou a vitória na eleição presidencial venezuelana, os Estados Unidos e outros países ocidentais estão dando poucos sinais de que planejam impor rapidamente medidas duras para o que muitos deles condenaram como fraude eleitoral.

A maioria dos governos exigiu que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgasse um conjunto completo de atas da apuração dos votos depois que tanto Maduro quanto o candidato da oposição, Edmundo González, declararam que venceram o pleito

O Brasil e outros países têm tentado garantir conversações entre os dois lados, rivais políticos que não se conciliam há décadas.

Os protestos contra Maduro nos dias que se seguiram à eleição foram recebidos com repressão governamental, com as autoridades denunciando as manifestações como uma tentativa de 'golpe'. O confronto deixou 23 mortos e mais de 2.000 pessoas presas, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira.

Os governos ocidentais estão tentando reagir 'lentamente', disse um funcionário de embaixada, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar publicamente sobre o assunto. Nenhum governo quer ser o primeiro em nada, acrescentou.

A resposta comedida vem porque eles estão cientes do que aconteceu após a reeleição de Maduro em 2018, disseram três autoridades de diferentes países.

Naquela ocasião, a votação foi rapidamente condenada como uma farsa e levou às sanções mais severas já impostas ao país pertencente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Um governo interino liderado pela oposição e que jamais chegou a assumir o poder foi amplamente reconhecido no exterior, mas o esforço acabou se evaporando, fortalecendo Maduro no poder.

Em Washington, que, sob o comando do presidente republicano Donald Trump, bloqueou as exportações de petróleo essenciais da Venezuela, parece haver pouco apetite por sanções mais severas. Até o momento, as autoridades democratas dos EUA ameaçaram, mas não impuseram novas medidas punitivas.

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, tem se empenhado em não complicar o caminho a ser seguido pela oposição, liderada por Maria Corina Machado e por González, já que os venezuelanos buscam 'até mesmo pequenas concessões' de Maduro, disse uma pessoa familiarizada com o pensamento de Washington.

Algumas dessas concessões estão relacionadas a canais de comunicação abertos entre os dois lados, que a oposição espera que possam levar a um veredicto imparcial sobre os resultados da eleição e a uma possível transição política.

Uma revisão dos resultados pela Suprema Corte da Venezuela provavelmente levará tempo e pode não chegar a uma opinião imparcial, uma vez que ela é composta por aliados de Maduro.

As autoridades dos EUA estão entrando em contato com parceiros regionais e internacionais para organizar uma resposta coordenada, disseram as três fontes. Cautelosamente, os EUA reconheceram González como o vencedor da eleição de 28 de julho, mas não o chamaram de presidente eleito.

'Agora é a hora de os partidos venezuelanos iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica', disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, na segunda-feira.

Washington está considerando uma série de opções 'para pressionar Maduro a retornar a Venezuela a um caminho democrático', acrescentou.

No entanto, as opções restantes do governo Biden parecem ser limitadas. Em abril, os EUA reimpuseram algumas sanções petrolíferas à Venezuela, acusando Maduro de renegar seus compromissos eleitorais, e aplicaram diversas sanções individuais nos últimos cinco anos, inclusive contra o chefe do CNE, Elvis Amoroso.

As autoridades norte-americanas expressaram preocupação com o fato de que a agitação pós-eleitoral poderia estimular mais venezuelanos a deixarem o país e se dirigirem para a fronteira entre os EUA e o México, de acordo com a fonte baseada em Washington. Como a imigração já é uma questão polêmica, isso poderia criar novos problemas para a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em sua campanha para presidente.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela e o Departamento do Tesouro dos EUA não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. 'Não discutiremos o conteúdo de nossas discussões diplomáticas privadas', disse um porta-voz do Departamento de Estado à Reuters.

AMÉRICAS FRAGMENTADAS

A Organização dos Estados Americanos (OEA), sediada em Washington, não conseguiu chegar a um acordo sobre uma resposta conjunta, mesmo quando a Cooperação e Observação Eleitoral do grupo regional emitiu um relatório detalhado sobre 'ilegalidades, falhas e más práticas' durante a eleição.

'Os resultados oficiais não são confiáveis ou merecedores de reconhecimento democrático', concluiu o relatório de 30 de julho.

Os presidentes de Brasil, México e Colômbia estão coordenando ações enquanto pedem acesso total às atas de votação, enquanto uma coalizão que inclui os EUA, Canadá, Panamá e outros está mantendo conversações separadas entre si e com a oposição da Venezuela, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

O Panamá ofereceu asilo político a Maduro -- uma oferta controversa, já que ele está sendo investigado pelo Tribunal Penal Internacional por alegações de violações de direitos humanos -- e convocou uma cúpula regional para discutir o resultado da eleição.

O Brasil não reconhecerá a vitória de Maduro sem a divulgação completa das atas e a validação dos resultados, disse uma fonte do governo brasileiro, acrescentando que as preocupações das autoridades com a escalada da violência e as ameaças de mais prisões políticas aumentaram.

'Foram enviadas mensagens a Maduro deixando claro que a prisão de González e Machado é proibida', disse a fonte, acrescentando que o foco do Brasil é lidar com os dois lados.

Na semana passada, a União Europeia disse que não havia provas suficientes para apoiar os resultados anunciados pelo CNE, que declarou Maduro vencedor da eleição. Ela não previu nenhuma ação.

Países como China, Rússia, Nicarágua e Cuba reconheceram a vitória de Maduro e lhe ofereceram apoio.

(Reportagem adicional de Vivian Sequera, em Caracas, e Daphne Psaledakis, em Washington)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia ROD STEWART E RONNIE WOOD VOLTAM A TOCAR JUNTOS NO GLASTONBURY 2025

ROD STEWART E RONNIE WOOD VOLTAM A TOCAR JUNTOS NO GLASTONBURY 2025

Após ser homenageado na última edição do American Music Awards, Rod Stewart acaba de anunciar uma surpresa que promete emocionar os fãs de rock clássico: seu aguardado show no Festival de Glastonbury 2025 contará com a participação especial de Ronnie Wood, guitarrista dos Rolling Stones e ex-companheiro de banda no Faces.

A apresentação acontece no tradicional "Legends Slot", no domingo, 29 de junho, no palco principal de Glastonbury, e marcará o reencontro musical entre dois ícones do rock britânico.

A volta dos velhos tempos: Faces no coração do repertório

Em recente entrevista ao podcast britânico That Peter Crouch Podcast, Stewart revelou que mantém contato frequente com Ronnie Wood, com quem compartilhou o palco no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, na banda de blues rock Faces, que também contava com o baterista Kenney Jones.

“Ainda converso com Ronnie o tempo todo. É um dos meus grandes amigos, e voltar a tocar com ele em Glastonbury será como reviver os velhos tempos”, disse o cantor.

Com essa declaração, os fãs podem esperar por clássicos como “Stay With Me” e “Ooh La La” na setlist — músicas marcadas pela parceria entre Stewart e Wood no auge da banda.

Rod Stewart no Glastonbury: show mais esperado da edição 2025

Aos 80 anos, Rod Stewart fará sua estreia no slot de lendas de Glastonbury, e se junta à lista de artistas consagrados que já passaram por esse horário, como Diana Ross, Paul Simon e Kylie Minogue.

O reencontro com Ronnie Wood torna essa performance ainda mais emblemática, colocando Glastonbury 2025 no radar de todos os amantes do rock. O festival acontece entre os dias 25 e 29 de junho, em Worthy Farm, Somerset, no Reino Unido.

Homenagem emocionante no American Music Awards 2025

Antes de seu retorno triunfal ao Glastonbury, Rod Stewart foi homenageado com o Lifetime Achievement Award no American Music Awards 2025, realizado em 26 de maio no Fontainebleau Las Vegas. A cerimônia foi marcada por um momento comovente quando cinco de seus filhos — Kimberly, Sean, Ruby, Renee e Liam — subiram ao palco (na foto acima) para entregar o prêmio ao pai, surpreendendo-o e emocionando o público presente.

22 H
  1. Home
  2. noticias
  3. nem velozes nem furiosos …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.