Níger diz que 17 soldados morreram em emboscada perto da fronteira com Burkina Faso
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Por Moussa Aksar
NIAMEI (Reuters) - A junta do Níger disse nesta quarta-feira que 17 de seus soldados foram mortos em uma emboscada por insurgentes, o ataque mais letal desde o golpe de 26 de julho, cujos líderes citaram a insegurança persistente como justificativa para depor o governo civil.
A emboscada ocorreu na terça-feira a cerca de 60 quilômetros da capital Niamei, em uma área do sudoeste que faz fronteira com Burkina Faso, informou o Ministério da Defesa, acrescentando que 100 agressores foram mortos.
'A rápida reação dos soldados e a resposta ar-terra no local do combate permitiram lidar com o inimigo', disse o ministério.
O Níger, como outros países da região do Sahel, na África Ocidental, luta há anos para conter uma insurgência de grupos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico que já matou milhares, forçou milhões a fugir de suas casas e causou escassez de alimentos.
A aparente incapacidade dos governos civis de superar o problema tem sido um dos fatores de uma série de golpes na região, embora no caso do Níger os principais impulsionadores da tomada do poder pelo Exército tenham sido a política interna.
Membros da guarda presidencial, chefiada pelo general Abdourahmane Tiani, depuseram o presidente Mohamed Bazoum e ainda o estão detendo, desafiando a pressão das Nações Unidas, do bloco da África Ocidental Cedeao e das potências ocidentais para restabelecê-lo.
Escrito por Reuters
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