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Novas tecnologias vêm colocando em risco o uso do estetoscópio

Muito antigo, o instrumento é um símbolo da medicina.

Placeholder - loading - Mesa com estetoscópio e computador (Foto: Pixabay)
Mesa com estetoscópio e computador (Foto: Pixabay)
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Dois séculos após sua invenção, o estetoscópio - o próprio símbolo da profissão médica - está enfrentando um prognóstico incerto. Se antes a medicina era rapidamente relacionada ao instrumento, hoje não é bem assim.

Isso porque o objeto é ameaçado por dispositivos portáteis que também são pressionados contra o peito, mas contam com tecnologia de ultrassom, inteligência artificial e aplicativos de smartphone em vez dos ouvidos dos médicos para ajudar a detectar problemas no coração, pulmões e outros lugares. Alguns desses instrumentos podem gerar imagens do coração pulsante ou criar gráficos de eletrocardiograma.

Eric Topol, um cardiologista de renome mundial, considera o estetoscópio obsoleto. “Precisamos ir além disso. Nós podemos fazer melhor”, disse.

Numa tradição de longa data, quase todas as faculdades de medicina apresentam aos estudantes novos um jaleco branco e um estetoscópio para iniciar suas carreiras. É mais do que simbólico - as habilidades com estetoscópio ainda são ensinadas e é necessária proficiência para que os médicos obtenham suas licenças.

Na última década, porém, o setor de tecnologia reduziu o tamanho dos scanners de ultrassom para dispositivos semelhantes aos controles remotos de TV. Também criou estetoscópios digitais que podem ser emparelhados com smartphones para criar imagens em movimento e leituras.

Os defensores dizem que esses dispositivos são quase tão fáceis de usar quanto os estetoscópios e permitem que os médicos observem o corpo em movimento. "Não há razão para você ouvir sons quando pode ver tudo", disse Topol.

O dispositivo Butterfly iQ, fabricado pela Butterfly Network Inc., com sede em Guilford, Connecticut, foi lançado no mercado no ano passado. Uma atualização incluirá inteligência artificial para ajudar os usuários a posicionar a sonda e interpretar as imagens.

Os estudantes da faculdade de medicina de Indianápolis, uma das maiores dos EUA, aprendem habilidades com estetoscópio, mas também recebem treinamento em ultrassom portátil em um programa lançado no ano passado por Paul Wallach, reitor do local. Ele prevê que, na próxima década, aparelhos de ultrassom portáteis se tornem parte do exame físico de rotina, assim como o martelo de reflexo.

Os dispositivos avançam "nossa capacidade de espiar sob a pele do corpo", disse ele. Mas Wallach acrescentou que, ao contrário de alguns de seus colegas, ele não está pronto para declarar o estetoscópio morto. Ele prevê a próxima geração de médicos usando "um estetoscópio no pescoço e um ultrassom no bolso".

História do estetoscópio

Os estetoscópios modernos têm pouca semelhança com o primeiro instrumento do tipo, inventado no início de 1800 pelo francês Rene Laennec, mas eles funcionam essencialmente da mesma maneira.

A criação de Laennec foi um tubo oco de madeira que tornou mais fácil ouvir sons de coração e pulmão do que pressionar uma orelha contra o peito. Mais tarde, tubos de borracha, fones de ouvido e o acessório de metal frio que é colocado contra o peito vieram, ajudando a amplificar os sons.

Quando o estetoscópio é pressionado contra o corpo, as ondas sonoras fazem o diafragma - o disco de metal plano do dispositivo - e a parte inferior em forma de sino vibrar. Isso canaliza as ondas sonoras através dos tubos para os ouvidos.

Mas captar e interpretar os sons do corpo é subjetivo e requer um ouvido sensível e treinado.

Com os avanços médicos e dispositivos concorrentes nas últimas décadas, "o velho estetoscópio está caindo em tempos difíceis em termos de treinamento rigoroso", disse o Dr. James Thomas, cardiologista da Northwestern Medicine, em Chicago.

Modernidade

A Northwestern está envolvida no teste de novas tecnologias criadas pela Eko, fabricante de estetoscópios inteligentes com sede em Berkeley, Califórnia. Para melhorar a detecção de sopros cardíacos, a Eko está desenvolvendo algoritmos de inteligência artificial para seus dispositivos, usando gravações de milhares de batimentos cardíacos. Os dispositivos produzem uma mensagem na tela informando ao médico se os sons do coração estão normais ou se há sopros.

Dennis Callinan, um funcionário aposentado da cidade de Chicago com doença cardíaca, está entre os participantes do estudo. Aos 70 anos, ele fez muitos exames de estetoscópio, mas disse que não sente nostalgia pelos dispositivos.

"Se eles conseguem uma melhor leitura usando a nova tecnologia, ótimo", disse Callinan.

O pediatra de Chicago, Dave Drelicharz, está em prática há pouco mais de uma década e conhece o fascínio de novos dispositivos. Mas até o preço baixar, o velho e robusto estetoscópio "ainda é sua melhor ferramenta", disse Drelicharz. Depois que você aprende a usar o estetoscópio, ele disse, "isso se torna uma segunda natureza".

As informações são da revista norte-americana Time.

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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