Novo estudo sugere tratamento com imunoterapia para câncer de mama
O tratamento é menos invasivo e mais eficaz contra um tipo do câncer, que não responde às terapias tradicionais.
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Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine sugeriu uma nova forma de tratar o câncer de mama triplo-negativo metastático. Pesquisadores do Centro de Câncer do Hospital Geral de Massachusetts (HGM) e da Universidade de Columbia aplicaram em mulheres com esse tumor uma imunoterapia que tem sido testada para diversos tipos de tumores malignos e conseguiram sucesso em 33% dos casos, com remissão de, em média, 7,7 meses.
A quimioterapia convencional produz resultado em 10% a 15% das pacientes, que ficam até, no máximo, três meses livres da doença.
Diferente dos outros cânceres de mama, este tipo não tem as moléculas alvo dos tratamentos tradicionais e eficazes contra o tumor. Por isso, os medicamentos mais comuns não são capazes de tratá-lo.
“A taxa de insucesso da quimioterapia disponível e a falta de opções ressaltam a necessidade urgente de buscarmos melhores tratamentos”, destaca Aditya Bardia, médica do HGM e principal investigadora do estudo.
A droga que produziu os resultados descritos no The New England Journal of Medicine é a sacituzumab govitecan. Assim como outras terapias-alvo, a ideia é atacar apenas o câncer e preservar os tecidos saudáveis próximos, o que reduz a toxicidade do tratamento. “Por isso, podemos inserir uma dose bem maior da droga no tumor, o que aumenta a sua efetividade”, destaca o autor sênior do artigo, Kevin Kalinsky, oncologista no Hospital Presbiteriano de Nova York, da Universidade de Columbia.
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