Número de mortos em ataque com míssil russo na Ucrânia sobe para 40
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Por Herbert Villarraga e Tom Balmforth
DNIPRO/KIEV, Ucrânia (Reuters) - O número de mortos em um ataque com míssil russo na cidade ucraniana de Dnipro subiu para 40 nesta segunda-feira, com dezenas de desaparecidos, tornando-se o incidente civil mais letal da campanha de três meses de Moscou com disparo de mísseis em cidades distantes do front.
A ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, pediu demissão nesta segunda-feira após comentários sobre a guerra criticados como fora de tom, preparando o terreno para o que se espera ser uma das semanas mais importantes para delinear o apoio militar ocidental a Kiev.
Com aliados se reunindo na sexta-feira em uma base aérea dos EUA na Alemanha para discutir ajuda militar, Berlim está sob intensa pressão para permitir a exportação de seus tanques de batalha Leopard, que a Ucrânia espera que se tornem a espinha dorsal de uma nova força blindada.
Autoridades ucranianas reconheceram pouca esperança de encontrar mais alguém vivo nos escombros do ataque de sábado em Dnipro, mas o presidente Volodymyr Zelenskiy disse que o resgate na cidade ucraniana , na região central do país, continuará 'enquanto houver a menor chance de salvar vidas'.
'Dezenas de pessoas foram resgatadas dos escombros, incluindo seis crianças. Estamos lutando por cada pessoa!', declarou Zelenskiy em um discurso televisionado durante a noite.
Moscou nega alvejar intencionalmente civis em uma campanha de ataques aéreos desde outubro que tem causado queda de energia e água em cidades ucranianas, e diz que o incidente em Dnipro foi causado por defesas aéreas ucranianas.
Kiev afirma que não tem como derrubar o míssil antinavio que atingiu um prédio de apartamentos em Dnipro no sábado, durante a última saraivada de ataques da Rússia.
Pelo menos 40 pessoas foram mortas no ataque, com 30 ainda desaparecidas, disse a autoridade municipal Gennadiy Korban, acrescentando que 75 pessoas ficaram feridas, incluindo 14 crianças.
TANQUES
O governo alemão disse que o chanceler Olaf Scholz aceitou a demissão de Lambrecht e em breve nomearia um novo ministro da Defesa para substituí-la.
A saída ocorre apenas três dias antes da visita de seu colega dos EUA, o secretário de Defesa Lloyd Austin, e quatro dias antes de aliados se reunirem na base aérea de Ramstein, na Alemanha, para coordenar o apoio militar a Kiev.
Lambrecht foi criticada nos últimos dias depois de uma mensagem otimista de véspera de Ano Novo filmada em frente a fogos de artifício, na qual ela falou sobre as oportunidades que teve de conhecer 'pessoas interessantes e ótimas' como resultado da guerra na Ucrânia.
A previsão é de que a semana registre intensa diplomacia para garantir armas adicionais a Kiev, com foco na relutância da Alemanha até agora em fornecer tanques ou permitir que seus aliados os enviem.
Escrito por Reuters
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