OEA pede que governo brasileiro garanta proteção de índios ianomâmis na pandemia
Brasil já tem mais de 10 mil casos de Covid-19 entre populações indígenas
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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), notificou o governo brasileiro sobre a situação dos povos indígenas Yanomami e Ye’kwana em meio à pandemia de novo coronavírus, apontando “gravidade, urgência e irreparabilidade” na questão.
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A entidade fez um alerta nesta segunda-feira (20) para a necessidade de um atendimento médico adequado a essas populações, além de medidas preventivas contra a disseminação da doença.
O pedido à organização foi feito pela Hutukara Associação Yanomami e o Conselho Nacional de Direitos Humanos, que identificaram “falhas nos cuidados de saúde e a presença de terceiros não autorizados em seu território”. As instituições alertaram para o fato de que os cerca de 20 mil garimpeiros nas terras indígenas aumentam os riscos de transmissão da Covid-19, além dos perigos de contaminação por mercúrio.
O documento enviado ao governo federal solicita que o Brasil informe em até 15 dias a adoção de medidas que visem reduzir o risco de exposição das etnias indígenas.
Segundo dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), até o início de julho, o país já somava mais de 10 mil indígenas que contraíram a doença.
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