OUTUBRO ROSA: A desmistificação do câncer de mama
Conheça a história de artistas que lutaram contra a doença e venceram
Publicada em
O mês de outubro se inicia e, assim como todos os anos, diversas campanhas de conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama são desenvolvidas e impulsionadas.
O movimento, mundialmente conhecido como ‘Outubro Rosa’, é o período em que mais se incentiva as mulheres a frequentarem o médico e realizarem a mamografia, além de estimular o autoexame das mamas.
Essa ação iniciou em 1990, nos Estados Unidos, quando alguns estados faziam as companhas isoladas sobre o tema que só foram reconhecidas com a aprovação do Congresso Americano. Além isso, o laço cor de rosa foi lançado no mesmo ano pela Fundação ‘Susan G. Komen for the Cure’, a princípio para a utilização de corredores que participaram da primeira ‘Corrida pela Cura’ em Nova York. Depois disso, passou a ser distribuído em locais públicos, desfiles de moda e em outros eventos, se tornando o símbolo oficial da campanha mundial.
No Brasil, o primeiro envolvimento ocorreu em outubro de 2002, quando o monumento muito conhecido na cidade de São Paulo, Obelisco do Ibirapuera, foi iluminado com luzes cor de rosa. Entretanto, somente 6 anos depois que a movimentação ganhou forças pelo Brasil.
Infelizmente o câncer de mama é o mais comum dos três tipos de maior incidência, juntamente ao de pulmão e o colorretal, mas ainda assim é o que mais acomete as mulheres em 154 países de 185 analisados, segundo pesquisas da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). De acordo com os últimos dados, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos no ano de 2020, representando uma porcentagem de 24,5% de novas incidências em mulheres.
Além disso, uma das causas mais frequentes da morte pela doença se da principalmente ao grande número de diagnósticos tardios, ou seja, quando o câncer se encontra em um estado avançado. Ano passado foram estimados 684.996 óbitos pela doença (15,5%).
Por mais que seja um problema que ocorra no ano inteiro, é de extrema importância que todas se atentem e aproveitem esse mês para cuidar e preservar sua própria saúde.
Clique aqui e confira dicas que a Antena 1 preparou especialmente de como se prevenir.
O processo de tratamento dessa doença é muito difícil e intenso, por isso muitas mulheres lideram uma luta que acaba requerendo muita resiliência e resistência. Conheça, a seguir, depoimentos inspiradores de artistas internacionais que foram diagnosticadas com essa doença e como foi o processo de sua luta.
Kylie Minogue
A cantora, compositora e atriz britânica, Kylie Minogue, foi diagnosticada em 2005 com câncer de mama quando tinha 36 anos de idade. Sua luta demandou um tratamento longo e difícil o qual envolveu: quimioterapia, radioterapia e mastectomia parcial.
Felizmente, todo esse processo se finalizou após 3 anos quando foi curada por essa terrível doença. Mesmo que ela carregue marcas físicas e emocionais da doença, a britânica sempre se viu como uma vitoriosa, além de enfatizar a importância do apoio das pessoas amadas que estavam sempre por perto. Desde então ela é comprometida com esta causa.
“Me sinto um gato de várias vidas […] Havia dias em que sentia muita raiva e tristeza. Em outros, eu me sentia sortuda… tive sorte de estar cercada por pessoas que realmente me amavam".
A cantora country norte-americana de 59 anos, bastante conhecida por suas versões de Seet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses, foi diagnosticada com câncer de mama em 2006. A artista foi submetida a um longo tratamento onde realizou uma série de sessões de quimioterapia e uma cirurgia para a retirar o tumor.
Sheryl fala abertamente sobre tudo o que passou com a doença com a intenção de estimular e influenciar outras mulheres para se atentarem mais com este problema.
Um exemplo da concretização de sua preocupação é um de seus maiores projetos, um centro de diagnóstico voltado somente ao câncer de mama em Los Angeles: o Sheryl Crow Imaging Center. Além disso, a cantora compartilhou sua experiência durante esta difícil etapa e escreveu o prólogo do livro de 'Kris Carr Crazy Sexy Cancer Tips'.
“Isto me mudou em quase todos os sentidos. Revi os meus conceitos sobre o que era importante. Aprendi a cuidar de mim emocionalmente, me colocando em primeiro lugar e permitindo que outras pessoas cuidem de mim também. É muito bom ser uma mulher forte, mas quando você não está permitindo que suas necessidades se satisfaçam, isto acontece com você”, afirma Sheryl.
Olivia Newton-John
Reconhecida mundialmente pela sua personagem Sandy no filme ‘Grease – Nos Tempos da Brilhantina’, a atriz e cantora foi diagnosticada com câncer de mama em 1992. No auge dos seus 44 anos, essa foi uma das primeiras celeridades a falar abertamente ao público sobre sua doença e deu duro processo de tratamento de quimioterapia e radioterapia.
Infelizmente mesmo tratada por um bom tempo trazendo resultados positivos, o diagnóstico voltou em 2013 e também em 2017. Atualmente, com 73 anos, ela está lidando novamente com a doença em estágio quatro. Apesar disso, a profissional não se declara vencida pelo câncer e afirma ter aprendido muitas coisas. "Foi um presente. Eu não desejo isso para ninguém. Mas para mim, tem sido importante na minha vida", reforça Olivia.
“Acho que todo dia é uma bênção. Você nunca sabe quando seu tempo acabou; todos nós temos um tempo finito neste planeta, e só precisamos ser gratos por isso [..] "Eu escolho não ver isso como uma luta também porque eu não gosto de guerra. Não gosto de lutar onde quer que seja - seja fora ou em uma guerra real dentro do meu corpo. Eu escolho não ver dessa forma. Eu quero ter meu corpo saudável e de volta ao equilíbrio. Parte disso é sua atitude mental em relação a isso”.
Desde seu primeiro diagnóstico a musicista tem sido participativa em assuntos relacionados à causa, como por exemplo a fundação, a 'Olivia Newton-John Cancer and Wellness Centre', em Melbourne, que consiste em oferecer desde apoio para estudos até realização de atendimento em pacientes com esta doença.
Jane Fonda
A atriz vencedora de dois Oscar e seis Globo de Ouro, Jane Fonda, descobriu em 2010 que havia sido diagnosticada com câncer de mama. No mesmo ano, realizou a cirurgia de remoção do tumor, uma vez que a doença ainda estava ainda no começo, o que foi essencial para um tratamento menos invasivo e uma recuperação mais fácil.
“Eu tenho tanta sorte! Nós descobrimos cedo e, por isso, não foi tão invasivo. Eu quero agradecer a todos meus fãs e amigos que me escreveram lindas mensagens. Significou muito para mim.”
Há alguns anos Jane havia enfrentado o câncer de pele após uma ultra exposição ao sol e, há cerca de 4 ano, ela atrás chegou a retirar um tumor cancerígeno dos lábios. Por mais que a atriz de 83 anos tenha passado por todas essas situações, ela sempre deixou claro que não tinha medo e acreditava que estava ‘’ determinada a lutar contra a doença, como inúmeras outras mulheres corajosas em todo o mundo [...] eu quero dizer: eu senti que eu apenas me juntei a uma família de milhões de mulheres que passaram por isso”.
Maggie Smith
A famosa atriz eternizada por seu papel de professora Minerva McGonagall, na saga de filmes de Harry Potter, foi diagnosticada com câncer de mama em 2007 quando tinha 73 anos de idade. Ela descobriu quando ainda estava atuando no filme 'Harry Potter e o Enigma do Príncipe', mas isso não a impediu de continuar com a sua participação nas gravações.
A artista chegou a admitir em uma entrevista ao jornal norte-americano 'The Times' que teve medo de voltar a atuar, pois a quimioterapia abalou sua autoconfiança. Além de ter sido desafiador receber o diagnóstico em uma idade mais avançada.
“Acho que foi a idade em que isso me aconteceu. Isso é algo que pega você desprevenida. Você demora mais a se recuperar. Tenho medo porque não sei se terei a quantidade de energia necessária para trabalhar num filme ou peça de teatro”. Felizmente hoje, com 84 anos de idade, Magigie continua fazendo muto sucesso e sendo uma grande inspiração.
Cynthia Nixon
Ao contrário de muitas artistas, a atriz conhecida pelo seu papel de Miranda Hobbes na série Sex and the City de 1998, optou por não tornar público a doença. Cynthia Nixon declara que preferiu guardar segredo inicialmente pois ``não queria fotógrafos no hospital”, e uma das poucas pessoas que sabiam, entre elas estava sua esposa Christine Marioni e seus dois filhos.
A atriz de 55 anos descobriu o câncer de mama em 2006, e graças ao diagnóstico precoce removeu o tumor por meio de uma cirurgia no ano seguinte e o tratamento de radioterapia que durou 6 semanas.
Outro motivo muito delicado que a levou a tomar essa decisão de não divulgar a notícia foi pelo fato de que sua mãe foi diagnosticada com a doença quando Cynthia tinha apenas 12 anos. “Eu sempre achei que teria câncer de mama. Havia uma grande chance [...] eu estava consciente de que, se tinha de passar por aquilo, poderia me curar, pois a doença tinha sido descoberta cedo”.
Após sua recuperação, se tornou a embaixadora oficial da fundação ‘Susan G. Komen for the Cure’, considerada a maior e mais bem financiada organização de câncer de mama dos Estados Unidos.
Não é só através de filmes e músicas que nossas estrelas favoritas podem nos servir como uma inspiração!
Lembre-se de que se você se enquadra conforme no perfil do Ministério da Saúde, realizar o autoexame de mama e a mamografia de rastreamento é primordial! Afinal se prevenir é um ato de amor com você, com a sua saúde e com todos aqueles que te amam.
Veja também:
Madonna anuncia novo álbum ao vivo da turnê 'Madame X'
As Aves da Noite, drama de Hilda Hilst, ganha palco virtual com direção de Hugo Coelho
SALA DE BATE PAPO