Parlamentares dos EUA investigam como Neuralink, de Musk, supervisiona experimentos com animais
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Por Rachael Levy
WASHINGTON (Reuters) - Parlamentares dos Estados Unidos pedirão aos reguladores que investiguem se a composição de um painel que supervisiona os testes em animais na Neuralink, startup de chips cerebrais de Elon Musk, contribuiu para experimentos malsucedidos e apressados.
Os deputados dos EUA Earl Francis Blumenauer e Adam Schiff, ambos democratas, assinaram um ofício que será enviado ao Departamento de Agricultura (USDA) solicitando uma investigação sobre como a Neuralink supervisiona seus experimentos, disse o escritório de Blumenauer.
Os parlamentares compartilharam o texto com seus colegas para coletar mais assinaturas e planejam enviá-lo ao USDA na segunda-feira. O documento afirma que eles estão respondendo a uma reportagem da Reuters de 4 de maio que revelou que a Neuralink preencheu seu conselho de supervisão com funcionários da empresa que podem se beneficiar financeiramente com a aprovação regulatória da startup para seu novo chip cerebral.
O painel aprovou experimentos que resultaram em mortes desnecessárias e sofrimento de animais, mostrou a Reuters em uma reportagem de 5 de dezembro. Um porta-voz de Blumenauer disse que o USDA não respondeu a um pedido anterior dos parlamentares para uma investigação sobre o Neuralink após a reportagem.
“O Congresso tem um interesse significativo em garantir que todas as instalações que usam animais em pesquisas e testes – sejam elas governamentais, universidades ou empresas privadas – cumpram os padrões mínimos da Lei de Bem-Estar Animal”, afirmam no documento.
Representantes de Musk e da Neuralink e porta-vozes do Depatamento de Agricultura e do inspetor geral da agência não responderam aos pedidos de comentários.
A Neuralink tem tentado obter autorização para avançar para testes em humanos depois que uma tentativa anterior foi rejeitada no ano passado pela Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) por causa de questões de segurança.
Escrito por Reuters
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