Parlamento de Israel vota para classificar agência de ajuda humanitária da ONU como organização terrorista
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JERUSALÉM (Reuters) - O Parlamento israelense aprovou nesta segunda-feira, de maneira preliminar, uma lei que classifica a principal organização de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas para palestinos como uma organização terrorista e propõe cortar todas as relações com a agência.
A votação contra a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) é a ação israelense mais recente contra a organização, a qual foi acusada por líderes israelenses de colaborar com o Hamas em Gaza.
A lei foi aprovada na primeira leitura e vai passar pelos comitês de Relações Exteriores e Defesa, disse o serviço de informação Knesset.
A autora da lei, Yulia Malinovsky, disse em entrevistas que a UNRWA era “uma quinta-coluna dentro de Israel”.
A UNRWA oferece educação, serviços de saúde e ajuda humanitária para milhões de palestinos em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, no Líbano e na Síria. A agência sempre teve relações tensas com Israel, mas elas deterioraram desde o começo da guerra em Gaza e Israel demandou diversas vezes pelo desmantelamento da UNRWA.
'Trata-se de mais uma tentativa na longa campanha para destruir a agência”, disse a porta-voz da UNRWA, Juliette Touma. 'São passos nunca vistos na história da ONU.'
Israel afirmou que centenas de membros do pessoal da UNRWA pertencem a grupos terroristas, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica, mas ainda não apresentou provas para uma revisão apontada pela ONU.
Vários países doadores suspenderam o financiamento da UNRWA na sequência das acusações israelenses, mas muitos voltaram atrás na decisão, incluindo o Reino Unido, que afirmou na semana passada que iria retomar o financiamento.
Tanto o Hamas quanto a Autoridade Palestina condenaram a votação israelense, e Hussein Al-Sheikh, um aliado importante do presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu à comunidade internacional para resistir aos pedidos de dissolução da agência.
(Reportagem de James Mackenzie)
Escrito por Reuters
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