Paul McCartney pede o fim dos “mercados úmidos” na China
Em entrevista o artista falou sobre problemas de higiene nos mercados de animais vivos
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O cantor Paul McCartney pediu que a China regulasse melhor seus chamados “mercados úmidos”, onde são vendidos animais vivos - um dos quais poderia ter sido a fonte do surto de Covid-19 – durante uma entrevista dada nesta terça-feira (14), ao locutor e radialista Howard Stern, segundo a revista norte-americana The Hollywood Reporter.
Um dos primeiros casos do coronavírus foi o de um entregador que trabalhava no Huanan Seafood Wholesale Market, em Wuhan, China. Geralmente mercados como este apresentam uma variedade de animais vivos e pré-abatidos para venda, o que torna estes espaços propensos a doença, como afirmou o diretor executivo de saúde da Wildlife Conservation Society, Christian Walzer, em entrevista à Rolling Stone: "Cada animal é um pacote de patógenos".
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“Eu realmente espero que isso signifique que o governo chinês diga: 'OK pessoal, nós realmente temos que ser super higiênicos por aqui’”, afirmou McCartney, defensor de longa data dos direitos dos animais. Com a propagação do surto de Covid-19, "teoria do consumo de morcegos" se espalhou rapidamente, apesar de nenhuma evidência concreta, existem estudos científicos que apontam outras origens para o vírus, podendo ter se originado de cobras ou do tamanduá pangolim.
Embora o Covid-19 possa ter se originado com um animal antes de se espalhar para os seres humanos, muitos se manifestaram contra a natureza ofensiva de atribuí-lo especificamente aos hábitos alimentares de um país estrangeiro. "Não se trata apenas do consumo de animais exóticos em si", disse Adam Kamradt-Scott, professor associado especializado em segurança global da saúde na Universidade de Sydney. "Portanto, precisamos estar conscientes antes de escolher ou condenar práticas culturais."
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