Pela primeira vez desde 1987, discos de vinil são mais vendidos do que CDs
Os ganhos de 2022 representaram três quartos do lucro da indústria da música material
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O vinil pode até ser uma invenção antiga, mas está mais relevante do que nunca. É o que sugere o relatório anual da Associação Americana de Indústria de Gravação (Recording Industry Association of America).
De acordo com o documento, foram registradas mais vendas de vinis do que CDS pela primeira vez em 36 anos. 41 milhões de discos foram comprados em 2022, enquanto as aquisições de compactos totalizaram 33 milhões.
Em termos de lucro, os LPs tiveram um aumento de 17%, somando U$1.2 bilhões. Esse valor representou três quartos do rendimento da indústria da música material. Já os CDs vivenciaram uma queda de 18%, retraindo-se para U$483 milhões.
Os ganhos deste ramo são significativos, especialmente considerando o processo histórico de criação dos LPs. Afinal, os vinis foram pensados para um período em que a distribuição artística não era tão acessível como hoje. Se é tão fácil consumir música digitalmente, por que tantas pessoas estão comprando discos físicos?
A resposta é uma transição catalisada pela pandemia. Por causa do isolamento, muitos jovens começaram a comprar discos físicos – talvez para ir na contramão da vida online. A partir desta movimentação, artistas mainstream, como Adele e Harry Styles, passaram a disponibilizar versões materiais nas suas produções.
Hoje, o mundo Pop utiliza os LPs até mesmo como estratégia de marketing, como no caso de Lana Del Rey, que anunciou a pré-venda da versão física do seu próximo disco. Com tantos nomes apoiando o retorno das vendas de vinis, podemos esperar uma tendência de crescimento constante desta área.
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Escrito por Hadass Leventhal
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