Por que Dua Lipa Se Recusa a Falar Sobre Sua Vida Pessoal em Suas Canções?

Em uma era na qual se normalizou expor pessoas e situações na música – como Taylor Swift e Sabrina Carpenter fizeram em seus dois últimos álbuns –, a cantora Dua Lipa não quer se adequar à situação. Em uma entrevista feita ao jornalista Anderson Cooper (CBS News), três dias atrás (15), a cantora, compositora, atriz, dançarina e modelo anglo-albanesa disse que não quer que sua música seja excessivamente pessoal.

Cooper indagou-a dizendo que existe uma opinião proferida por certos compositores de que, nas músicas dela, não é possível ter um senso de quem ela é. “Você não está extravasando seus medos, desejos e vontades mais íntimos. ”

Lipa não só concorda com a afirmação como diz que é algo que faz propositalmente. “É algo que eu naturalmente seguro para mim.” E existe, claro, uma razão por trás disso. “Algumas pessoas são tão implacáveis ​​com sua própria vida privada que decidem colocar tudo para fora em uma música, porque sabem que isso vai atrair a atenção das pessoas.”

A dona do hit “Levitating” continuou: “E para mim, sempre foi importante fazer música que as pessoas realmente amassem. Não porque eu estava colocando alguém para fora, ou não porque estou fazendo isso para o clickbait às custas de outra pessoa.”

De fato, ao expor seus ex-namorados Joe Alwyn e Matty Healy, e inimizades, como Kim Kardashian, Taylor Swift se tornou a primeira artista a superar a marca de 200 milhões de reproduções no Spotify em apenas um dia com o lançamento do seu novo álbum,

Como forma de justificar tais exposições, a loirinha disse que "Este escritor acredita firmemente que nossas lágrimas se tornam sagradas na forma de tinta em uma página. Depois de contarmos nossa história mais triste, poderemos nos livrar dela", acrescentou, antes de encerrar: "E então tudo o que resta é a poesia torturada."

Com relação às pessoas expostas, talvez a recepção não seja a mesma. É quase da natureza humana possuir um interesse genuíno pela vida pessoal alheia, ainda mais quando se trata de um famoso. Não é à toa que revistas de fofoca e páginas de entretenimento são tão consumidas. Porém, ao pensar em quem está sendo evidenciado (de maneira unilateral), talvez essa história que é encerrada por quem escreve permaneça aberta para quem terá de ouvir essas músicas por muito tempo.

Mesmo sem essa pessoalidade exacerbada por parte de Dua em suas canções, seu segundo álbum, 'Future Nostalgia', provou ser um grande sucesso, apesar de ter sido lançado no auge da pandemia de coronavírus em 2020 e ficou encantado por ser apelidado de 'The Quarantine Queen'.

Ela disse: "Não acabou sendo, você sabe, a experiência da boate, mas acabou sendo as festas dançantes da cozinha. A trilha sonora dos treinos das pessoas em casa, para mantê-las sãs durante esse tempo."

Ainda, Dua é uma amante da dance music, mas fica frustrada com o estigma que envolve o pop e as artistas femininas do gênero.

Em maio, ela lançou seu terceiro álbum, chamado "Radical Optimism". E agora está ensaiando para uma turnê de um ano em 28 países.

A cantora de “Houdini” disse: "Você sempre encontra algum tipo de resistência como artista feminina se não estiver, tipo, com uma guitarra ou com um piano.”

"Tipo, 'Oh, ela não pode cantar. Oh, está tudo processado. Oh, é isso, oh, é o que for.'"

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