Preocupação com gripe aviária leva EUA a concederem US$176 mi à Moderna para desenvolver vacina
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Por Julie Steenhuysen e Leah Douglas
(Reuters) - O governo dos Estados Unidos concedeu 176 milhões de dólares à Moderna para avançar o desenvolvimento de sua vacina contra gripe aviária, afirmou a empresa nesta terça-feira, no momento em que crescem as preocupações com um surto em múltiplos Estados norte-americanos do vírus H5N1 em gado leiteiro e infecções de três trabalhadores do setor desde março.
Fundos da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada dos EUA serão utilizados para concluir o desenvolvimento e os testes em estágio avançado de uma vacina anterior à pandemia baseada em mRNA contra a gripe aviária H5N1.
As autoridades norte-americanas afirmaram à imprensa que testes de estágio final começarão em 2025, dependendo dos resultados esperados para as próximas semanas do estudo de fase 1 da Moderna. O teste de estágio final provavelmente se concentrará na segurança e na resposta imunológica.
O contrato inclui opções para acelerar o cronograma do desenvolvimento, se necessário, com base em um aumento de casos em humanos, a severidade dos casos ou transmissões do vírus entre humanos.
É muito cedo para dizer quantas doses a Moderna conseguirá produzir, afirmou Robert Johnson, diretor do programa de contramedidas médicas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.
Em março, autoridades norte-americanas relataram o primeiro surto do vírus H5N1 em gado leiteiro, que, desde então, infectou mais de 130 rebanhos em 12 Estados dos EUA.
Os cientistas estão preocupados que a exposição ao vírus em operações de aves e laticínios possa aumentar o risco de que o vírus sofra uma mutação e ganhe a habilidade de se espalhar facilmente entre pessoas, iniciando uma pandemia.
O risco da gripe aviária ao público geral continua baixo e a vacinação não é atualmente recomendada para nenhum segmento da população, afirmou a secretária-assistente de prontidão e resposta do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Dawn O'Connell, a repórteres.
(Por Julie Steenhuysen em Chicago e Leah Douglas em Washigton; reportagem adicional de Bhanvi Satija, Christy Santhosh em Bengaluru)
Escrito por Reuters
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