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Putin sugere que ideia de cessar-fogo dos EUA para a Ucrânia precisa ser seriamente reformulada

Placeholder - loading - Presidente russo, Vladimir Putin 13/03/2025 REUTERS/Maxim Shemetov/Pool
Presidente russo, Vladimir Putin 13/03/2025 REUTERS/Maxim Shemetov/Pool
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Por Guy Faulconbridge e Andrew Osborn e Vladimir Soldatkin

MOSCOU (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que a Rússia apoia uma proposta dos EUA para um cessar-fogo na Ucrânia em princípio, mas que qualquer trégua teria que abordar as causas fundamentais do conflito e muitos detalhes cruciais precisavam ser resolvidos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 deixou centenas de milhares de mortos e feridos, deslocou milhões de pessoas, reduziu cidades a escombros e desencadeou o confronto mais duro das últimas décadas entre Moscou e o Ocidente.

O apoio de Putin à proposta de cessar-fogo dos EUA parecia destinado a sinalizar boa vontade para Washington e abrir as portas para novas conversas com o presidente dos EUA, Donald Trump. Mas o grande número de esclarecimentos e condições que Putin disse serem necessários parecia excluir a possibilidade de um cessar-fogo rápido.

'Concordamos com as propostas de cessar as hostilidades', disse Putin aos repórteres no Kremlin após as conversas com o presidente da Belarus, Alexander Lukashenko. 'A ideia em si é correta e nós certamente a apoiamos.'

'Mas partimos do fato de que essa cessação deve ser tal que leve a uma paz de longo prazo e elimine as causas originais dessa crise.'

Em seguida, ele listou uma série de questões que, segundo ele, precisavam ser esclarecidas e agradeceu a Trump, que diz querer ser lembrado como um pacificador, por seus esforços para acabar com a guerra. Tanto Moscou quanto Washington agora classificam o conflito como uma guerra por procuração mortal que poderia ter se transformado na Terceira Guerra Mundial.

Trump, que disse estar disposto a conversar com o líder russo por telefone, chamou a declaração de Putin de 'muito promissora' e afirmou que espera que Moscou 'faça a coisa certa'

Trump disse que Steve Witkoff, seu enviado especial, estava envolvido em conversas sérias com os russos em Moscou sobre a proposta dos EUA, com a qual Kiev já concordou.

O presidente dos EUA afirmou que essas discussões nesta quinta-feira mostrariam se o governo russo está pronto para fazer um acordo. 'Agora vamos ver se a Rússia está ou não pronta, e se não estiver será um momento muito decepcionante para o mundo', disse ele.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que Putin estava se preparando para rejeitar a proposta de cessar-fogo, mas tinha medo de dizer isso a Trump.

'É por isso que em Moscou eles estão impondo à ideia de um cessar-fogo essas condições, para que nada aconteça, ou para que não aconteça pelo maior tempo possível', disse Zelenskiy em seu discurso noturno em vídeo.

Qualquer atraso daria à Rússia mais tempo para que suas tropas empurrassem as últimas forças ucranianas para fora do oeste da Rússia, enquanto Moscou mantém a exigência de que o governo ucraniano ceda permanentemente o território reivindicado pela Rússia, uma posição que a Ucrânia rejeita.

O Ocidente e a Ucrânia descrevem a invasão russa de 2022 como uma apropriação de terras no estilo imperial, e prometeram repetidamente derrotar as forças russas. As forças russas controlam quase um quinto do território da Ucrânia e vêm avançando desde meados de 2024.

Trump disse que seu governo tem discutido quais terras a Ucrânia manteria ou perderia em qualquer acordo, bem como o futuro de uma grande usina de energia.

Ele não disse o nome da usina, mas provavelmente estava se referindo à instalação de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia na Ucrânia, a maior usina nuclear da Europa. Os dois lados têm se acusado mutuamente de arriscar um acidente na usina com suas ações.

Putin retrata o conflito como parte de uma batalha existencial contra um Ocidente em declínio e decadente que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ampliando a aliança militar da Otan e abalando o que ele considera a esfera de influência de Moscou, incluindo a Ucrânia.

PUTIN E TRUMP

Putin disse que as forças russas estavam avançando ao longo de toda a linha de frente e que o cessar-fogo teria que garantir que a Ucrânia não tentasse usá-lo simplesmente para se reagrupar.

'Como podemos e como teremos a garantia de que nada disso acontecerá? Como o controle (do cessar-fogo) será organizado?' questionou Putin. 'Todas essas são questões sérias.'

Putin disse que poderia ligar para Trump para discutir a questão.

Os Estados Unidos concordaram na terça-feira em retomar o fornecimento de armas e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, depois que Kiev disse, em conversas na Arábia Saudita, que estava pronta para apoiar uma proposta de cessar-fogo.

Nos últimos dias, a Rússia tem realizado uma ofensiva relâmpago na região de Kursk, no oeste da Rússia, contra as forças ucranianas que romperam a fronteira em agosto, em uma tentativa de desviar tropas de Moscou do leste da Ucrânia, ganhar uma moeda de troca e constranger Putin.

O líder russo se perguntou como um cessar-fogo afetaria a situação em Kursk, onde Putin na quarta-feira vestiu um uniforme de camuflagem -- fato extremamente raro para o ex-oficial da KGB -- para visitar um posto de comando.

'Se interrompermos as hostilidades por 30 dias, o que isso significa? Que todos que estão lá irão embora sem lutar?', perguntou.

A Ucrânia agora detém menos de 200 quilômetros quadrados em Kursk, contra 1.300 quilômetros quadrados no auge da incursão, de acordo com os militares russos.

(Reportagem da Reuters em Moscou)

Escrito por Reuters

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ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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